Driss Mrani

Fundador e presidente do Movimento Progressista Marroquino, que visa promover princípios progressistas no Marrocos derrubando a monarquia totalitária que serve ao imperialismo e, então, estabelecer uma república democrática na qual todos os segmentos do povo marroquino participem sem descriminação

Coluna

Condenação de irmãos de vítima revolta ativistas em Marrocos

Tribunal de Ben Guerir condena irmãos de Yassine Chabli a três meses de prisão efetiva em meio a ampla denúncia de abusos judiciais

O Tribunal de Primeira Instância de Ben Guerir condenou, nesta terça-feira, 15 de julho de 2025, os irmãos Said e Ayman Chabli a três meses de prisão efetiva e ao pagamento de uma multa, em decorrência de protestos organizados por sua família exigindo a revelação completa das circunstâncias da morte de seu irmão, Yassine Chabli, dentro de uma delegacia da cidade em outubro de 2022.

A prisão dos dois ocorreu em 27 de junho de 2025, após uma intervenção policial para dispersar um protesto pacífico em frente ao tribunal, no qual a família denunciava a lentidão na responsabilização dos envolvidos na morte de Yassine. Após a detenção, ambos iniciaram uma greve de fome em protesto contra o que descreveram como injustiça, o que levou a uma grave deterioração do estado de saúde de Aymane, que foi transferido em estado crítico para o Hospital Universitário Mohammed VI, em Marrakech, onde entrou em coma e foi internado na unidade de terapia intensiva.

A sentença provocou uma onda de indignação e repúdio por parte de organizações de direitos humanos, que denunciaram a instrumentalização do sistema judicial como ferramenta de pressão contra a família, com o objetivo de silenciar suas reivindicações por justiça. Essas entidades classificaram o processo como uma “justiça simbólica” voltada a proteger os agentes de segurança envolvidos, em detrimento dos direitos dos cidadãos.

O caso remonta a 5 de outubro de 2022, data em que Yassine Chabli morreu sob custódia na delegacia de Ben Guerir, em circunstâncias consideradas suspeitas por sua família, que aponta indícios claros de tortura. Um policial foi condenado a três anos e meio de prisão por “uso de violência no exercício da função” e “homicídio culposo por negligência”, em sentença proferida em 2024 e confirmada em segunda instância em julho do mesmo ano.

Apesar da condenação, a família da vítima considera que a justiça ainda não foi plenamente feita, argumentando que a responsabilização se limitou a poucos indivíduos, sem alcançar todos os envolvidos, e que o caráter de possível crime de tortura foi ignorado. A família afirma que não recuará em sua luta por verdade e responsabilização, rejeitando todas as tentativas de intimidação ou silenciamento. Para eles, a dignidade e o direito à vida de Yassine não serão apagados com o tempo nem com o silêncio forçado.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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