Documentos oficiais divulgados recentemente expõem que o governo dos Estados Unidos destinou pelo menos US$213 milhões nos últimos cinco anos para financiar uma grupos opositores ao presidente Nicolás Maduro na Venezuela. Entre os beneficiados, está a líder da oposição, Maria Corina Machado, vencedora recente do Prêmio Nobel da Paz de 2025, cuja carreira política foi inteiramente financiada por esses recursos.
Essa rede de financiamento inclui programas de “democracia” e assistência ‘’humanitária’’ que, na prática, servem a propósitos golpistas. De acordo com uma análise do portal investigativo Drop Site News, o governo de Donald Trump, empossado em janeiro de 2025, redirecionou cerca de US$400 milhões em recursos para ações contra governos de esquerda na região, incluindo Venezuela, Cuba e Nicarágua. Essa manobra ocorreu após a dissolução formal da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) em fevereiro deste ano, com os fundos sendo realocados para operações discretas de financiamento.
Em entrevista à agência Bloomberg na semana passada, ela defendeu abertamente a invasão militar dos EUA na região, alegando que “agentes russos, iranianos, o Hesbolá e agora o Hamas operam livremente na Venezuela”, em uma clara tentativa de justificar a invasão do país sul-americano, somando-se isso os recentes ataques a barcos no Caribe sob autorização de Trump.
O Congresso dos Estados Unidos aprovou recentemente um projeto de lei de apropriações que destina US$50 milhões adicionais para “programas de democracia” na Venezuela no ano fiscal de 2026. Essa verba, proposta pelo deputado republicano Mario Díaz-Balart, faz parte de um pacote mais amplo de US$35 milhões para Cuba e recursos semelhantes para a Nicarágua.
O Departamento de Estado norte-americano, em nota oficial de agosto, elevou para US$50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro, reforçando a campanha de “caça” ao líder chavista. Paralelamente, sanções do Tesouro dos EUA atingiram oito oficiais venezuelanos em janeiro, congelando ativos e proibindo transações.





