Ultimamente, a esquerda fala muito na “defesa da soberania nacional”. Mas o que seria essa tal defesa da soberania?
Defender o governo Lula, prender Bolsonaro e Carla Zambelli; defender Xandão e os ministros que não podem mais ir à Disneylândia? Enfim, muita propaganda mas nenhum conteúdo concreto.
Defender a soberania nacional, em primeiro lugar, deve ser vista de um ponto concreto: como uma nação e seu povo podem sobreviver e se desenvolver sem a ingerência e sem a dependência de qualquer outro país estrangeiro?
Juridicamente, o Brasil é independente desde 1822. Mas isso é apenas uma formalidade.
Os países imperialistas exercem o controle do aparato estatal e do regime político por diversos meios.
Para, de fato, garantir a soberania nacional são necessárias diversas mudanças, como:
1) No regime político: extinção do Senado e do Supremo Tribunal Federal, liberdade partidária, ampliação da Câmara dos Deputados; direito de armamento da população e fim de todo o aparato repressivo; forças armadas sob controle da população, com os comitês de autodefesa; colocar os agentes imperialistas para fora do governo e das instituições.
2) Na área econômica: reforma agrária ampla, confisco do latifúndio, estatização do comércio exterior e de todo o sistema financeiro, drástica redução da taxa dos juros e não pagamento da fraudulenta dívida pública, nacionalização das terras, petróleo e minérios; ampliação das indústrias com o controle operário da produção; aumento de 100% nos salários, sendo no mínimo R$ 7.500,00;
3) Outras medidas: fim do monopólio das comunicações, liberdade de criação de canais de rádio e de televisão; liberdade de pensamento, expressão e de manifestação; fim dos crimes de opinião.
Sem lutar por essas medidas não existe uma verdadeira defesa da soberania nacional, no máximo temos demagogia eleitoreira!



