Durante o ato em defesa da Venezuela realizado no dia 13 de setembro, o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, destacou a necessidade de transformar a campanha de solidariedade internacional em uma ampla mobilização popular no Brasil. Segundo ele, a tarefa central agora é organizar um grande ato no dia 7 de outubro, data que marca os dois anos da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, convocado pelos Comitês de Luta em defesa da Venezuela e da Palestina e contra o imperialismo.
Pimenta ressaltou que setores da esquerda vivem hoje uma “grande ilusão” ao acreditar que a prisão de Jair Bolsonaro significaria o fim do bolsonarismo. “Isso não muda absolutamente nada. O bolsonarismo continua sendo uma força. É preciso um trabalho grande na luta de ideias em defesa da Venezuela. A nossa arma, no Brasil, é a palavra: convencer a população, mobilizar o povo, esclarecer o que está acontecendo”, afirmou.
Para o dirigente, a extrema direita continua sendo subestimada, apesar de seu peso ideológico e político. “Não basta colocar Bolsonaro na cadeia. É uma força que tem fundamentos ideológicos, que tem propaganda política. Nós temos que enfrentar esse desafio com uma campanha nacional”, disse, propondo a realização de novas manifestações e enfatizando o caráter estratégico do ato do dia 7 de outubro.
Pimenta afirmou que a mobilização venezuelana é um exemplo para os povos da América Latina e deve servir de inspiração. “Assim como a resistência palestina vem enfrentando o imperialismo há dois anos, nós podemos vencer na América Latina. Temos que criar uma consciência em defesa da luta anti-imperialista, em defesa dos países agredidos”, declarou, citando também a agressão imperialista contra o Líbano, a Síria e o Iêmen.
Segundo ele, a defesa da Venezuela deve ser vista como parte da luta de classes internacional. “A burguesia mundial é o imperialismo. A burguesia brasileira, na melhor das hipóteses, é sócia ultra-minoritária. Para nós, a luta anti-imperialista é a luta de classes entre proletariado e burguesia. E, neste momento, o movimento contra o imperialismo tem como eixo a defesa incondicional da Venezuela”,
O dirigente do PCO chamou publicamente partidos como PT, PCdoB e PSOL para se somarem à iniciativa. “Nós temos que sair daqui com a convicção de que quaisquer que sejam as dificuldades, temos que nos esforçar, criar um movimento grande contra o imperialismo. E, neste momento, esse movimento passa pela defesa incondicional da Venezuela, do povo e do governo venezuelanos”, concluiu.
