Formação política

Com plenária aberta, PCO encerra 53ª Universidade de Férias

Durante oito dias, militantes, filiados e simpatizantes do Partido da Causa Operária debateram em profundidade a teoria marxista da revolução

“Só a revolução proletária pode derrotar o imperialismo”.

Durante cerca de uma hora, o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, apresentou o informe político da plenária aberta a militantes, filiados e simpatizantes da agremiação trotskista, fazendo um balanço dos últimos acontecimentos da situação política nacional e da luta de classes mundial. O evento, que aconteceu na manhã deste domingo (13), foi um dos capítulos finais da 53ª Universidade de Férias do PCO, realizado em conjunto com o Acampamento da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR).

Pimenta iniciou o informe questionando a análise otimista do governo Lula em torno da cúpula dos BRICS e a ideia de um “multilateralismo” crescente.

“Isso é uma avaliação totalmente infundada da situação política e ela se baseia numa concepção reformista da política internacional”, afirmou. Para o presidente do PCO, a noção de que pequenas mudanças e iniciativas pacíficas podem alterar o quadro internacional é uma “ilusão grotesca”, desprovida de qualquer respaldo na realidade.

Rui Pimenta destacou a ineficácia de organismos como a Organização das Nações Unidas (ONU), a qual classificou como uma “fachada” e um “teatro”.

“Quando toma uma decisão progressista, nunca é executada. Quando o imperialismo quer fazer alguma coisa, passa por cima das resoluções da ONU e fica tudo por isso mesmo.”

Embora o PCO apoie as iniciativas dos países que estão em luta contra o imperialismo, como a República Islâmica do Irã, Rui Costa Pimenta enfatizou que a solução definitiva não virá por essa via. Ele argumentou que, mesmo com o imperialismo em crise, é “muito improvável que países como a Rússia e o Irã venham a derrotar o imperialismo”.

Pimenta reconheceu as conquistas das forças que lutam contra o imperialismo, citando o caso do Irã, que freiu a agressão norte-americana e sionista. No entanto, alertou para a persistência da ofensiva imperialista, mencionando os rumores de uma guerra entre Síria e Líbano para exterminar o Hesbolá.

Ele também criticou a ideia de que a política do governo Trump representaria um “recuo” do imperialismo. Segundo Pimenta, a tentativa de Trump de diminuir a intervenção militar dos EUA e se concentrar na economia nacional é uma iniciativa de um setor da burguesia norte-americana, mas não a política geral do imperialismo. “A política do imperialismo não é uma política de recuo, é manter a situação atual, se reorganizar do ponto de vista militar e reestabelecer integralmente sua dominação política e militar mundial”.

Terminada a plenária, chegou a hora do tão esperado churrasco do fim do acamamento. Após sete dias de estudo e intensas atividades, os participantes da 53ª Universidade de Férias comemoraram a realização de uma das atividades de formação marxista mais importantes da história do Partido.

Após o churrasco, começaram os preparativos finais para a conclusão da Universidade de Férias. Os participantes começaram a arrumar as malas e aguardaram o ônibus para retornar à capital paulista, de onde seguirão para seus destinos.

Com a presença de pessoas das cinco regiões do País, a 53ª Universidade de Férias foi um sucesso absoluto. A atividade, que ocorreu entre 6 e 13 de julho na cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, permitiu aos militantes, filiados e simpatizantes do PCO um debate em alto nível sobre a teoria marxista da revolução.

Ministrado por Rui Costa Pimenta, o curso abordou uma série de elementos decisivos para a luta de classes nos dias de hoje. Os participantes puderam compreender o que é a teoria marxista da revolução, a crítica marxista aos seus precursores, o debate sobre a revolução às vésperas da Revolução Russa e aplicação do marxismo na situação política atual.

Junto a tudo isso, os participantes da Universidade de Férias ainda participaram do torneio de futebol semestral do PCO e de várias outras atividades de lazer, desfrutaram uma variedade de pratos preparados pelos próprios militantes do Partido e ainda tiveram a oportunidade de assistir, com exclusividade, a uma palestra do rabino Yisroel Weiss sobre o judaísmo e a questão palestina.

Conforme prometido na plenária aberta, nas próximas semanas, o PCO irá intensificar sua atividade nas ruas, aplicando o conhecimento adquirido durante o curso na prática. Da mesma forma, o Partido já iniciará os preparativos para a próxima edição da Universidade de Férias, que ocorrerá durante o verão, em janeiro de 2026.

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