Na quinta-feira (16), os colonos fascistas organizaram um protesto contra o acordo de cessar-fogo em Jerusalém. Daniella Weiss, uma liderança dos colonos, criticou o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, a possível paz com a Arábia Saudita e defendeu a colonização da Faixa de Gaza.
Ela lamentou que muitos da direita israelense se convenceram de que Trump “nos trará apenas coisas boas, como se fosse o messias. Mas aqui está ele, já buscando paz com a Arábia Saudita“. “Trump prometeu o inferno para Gaza, e ele está nos dando o inferno, ao povo judeu!“, declarou.
“Chegou a hora de voltar atrás e cancelar esse acordo. É uma vergonha e uma desgraça estarmos aqui, rastejando diante de nossos inimigos“, disse ela. Durante uma breve pausa em seu discurso, a multidão começou a entoar “morte aos terroristas”.
Ela então repetiu parte de suas declarações em inglês, afirmando que o mundo inteiro teme Trump porque “da mesma forma que ele recompensou o Hamas por atacar Israel, ele vai recompensar a Rússia por atacar a Ucrânia“.
Weiss pediu ao primeiro-ministro Netaniahu e a outros membros de seu gabinete para que “sigam os valores da Torá, os valores da nação judaica” e votem contra o acordo de reféns e cessar-fogo.
“Queremos o povo judeu na terra de Israel… [nós] nunca daremos nenhuma parte do corpo vivo da terra de Israel a ninguém“, afirmou. “Vamos colonizar Gaza, vamos colonizar o Líbano, vamos colonizar toda a Terra Prometida!”
A extrema direita do governo Netaniahu se opõe ao acordo de cessar-fogo. Enquanto há atos de rua os ministros Smotrich e Ben-Gvir ainda tenta articular o cancelamento do acordo de cessa-fogo.