A Colômbia suspendeu oficialmente todas as exportações de carvão para “Israel”, em uma medida adotada pelo presidente Gustavo Petro como resposta ao genocídio na Faixa de Gaza. A decisão, anunciada na quinta-feira (25), reforça uma proibição que já havia sido estabelecida em agosto de 2024, mas que vinha sendo descumprida, segundo o governo colombiano.
Em pronunciamento nas redes sociais, Petro declarou que “nenhuma tonelada de carvão” deve mais sair do país com destino a “Israel”. Ele também ordenou à Marinha colombiana que intercepte qualquer embarcação que tente realizar o transporte do insumo e afirmou que empresas que desrespeitarem a determinação terão seus contratos com o Estado cancelados.
A Colômbia fornece aproximadamente 5% de sua produção de carvão para “Israel”, que obtém cerca de metade de suas importações desse recurso a partir do país sul-americano. A suspensão, portanto, representa um impacto significativo para a cadeia de suprimento energética israelense.
O presidente colombiano criticou ainda membros de seu próprio governo que, segundo ele, autorizaram embarques irregulares nos últimos meses, mesmo após o decreto de suspensão. Ele atribuiu as violações a pressões do setor privado e classificou a situação como “sabotagem institucional”. O caso mais recente de envio de carvão ao território israelense teria ocorrido na semana passada.
Petro afirmou que relações diplomáticas com “Israel” só serão retomadas “quando a violência cessar e a paz for restaurada”. Ele também solicitou ao Ministério do Trabalho a abertura de diálogo emergencial com sindicatos do setor mineral para discutir os impactos da medida. Até o momento, não há previsão de revisão da proibição.





