Partido da Causa Operária

Coletivo Rosa Luxemburgo emite nota oficial sobre Natália Pimenta

Coletivo de mulheres, fundado por Natália, destacou trajetória da militante revolucionária, que faleceu no dia 22 de novembro

O Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo divulgou, nesta quinta-feira (4), uma nota oficial sobre a morte da militante e dirigente revolucionária Natália Pimenta, falecida em 22 de novembro de 2025 aos 40 anos.

Fundadora do coletivo e dirigente histórica do Partido da Causa Operária (PCO), Natália é apresentada no documento como vítima direta da ação combinada do grande capital, do Poder Judiciário e do Ministério da Saúde, que lhe negaram acesso a um medicamento essencial para sua sobrevivência, o que o coletivo descreve como parte de uma verdadeira “indústria da morte”.

Militância desde a adolescência

A nota destaca que Natália iniciou sua atividade política ainda adolescente, contribuindo para reconstruir um movimento estudantil paralisado e participando da criação de iniciativas fundamentais para o desenvolvimento do PCO. Entre estas, o documento destaca a fundação do Diário Causa Operária em 2003, hoje o único jornal diário da esquerda brasileira, a formação das Comunas de moradia coletiva de militantes, a criação da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR) e a elaboração de métodos organizativos que impulsionaram o crescimento do Partido.

O coletivo ressalta que Natália teve papel decisivo também no movimento de solidariedade à Palestina, sendo vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal) e responsável pela formação política de milhares de jovens e trabalhadores por meio de cursos, palestras e atividades de estudo.

O documento ainda destaca que, mesmo durante os três anos de tratamento contra um câncer de mama, enfrentando sessões intensas, debilitação física e sucessivas internações, Natália permaneceu participando das tarefas organizativas. O texto relata que, já hospitalizada em estado grave, exigia receber relatórios diários sobre a situação na Palestina e propunha novas iniciativas de mobilização.

A nota ainda faz um paralelo entre Natália e Rosa Luxemburgo, militante revolucionária polonesa cuja trajetória inspira o coletivo. Para a organização, ambas representam a “disposição incansável de conduzir os oprimidos à vitória”, e ambas foram assassinadas pelo sistema capitalista.

Natália, mãe de dois filhos e militante de dedicação integral, é apresentada como prova do que afirmou Lênin ao tratar do papel das mulheres na revolução: “sem a mulher, não podemos construir com firmeza a democracia proletária nem o socialismo”.

Confira a nota abaixo na íntegra:

Nota Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo

No dia 22 de novembro de 2025, o movimento das mulheres trabalhadoras sofreu uma perda inestimável: o falecimento da companheira Natália Pimenta, aos 40 anos de idade. Natália foi fundadora e militante assídua do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, contribuindo para a pavimentação do caminho das mulheres da classe operária até a revolução. Natália foi assassinada pelos interesses do grande capital, que lhe negou um medicamento essencial para mantê-la viva, pelas mãos do Poder Judiciário brasileiro, sobretudo na pessoa da juíza Anita Villani, e do Ministério da Saúde do Brasil, revelando uma verdadeira indústria da morte.

Iniciou sua militância ainda na adolescência, participando e construindo o movimento estudantil que estava paralisado. Foi idealizadora de diversas iniciativas como o Diário Causa Operária em 2003, que hoje é o único jornal diário de toda a esquerda; a criação das Comunas para a moradia coletiva de militantes; a criação da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR); a criação de métodos organizativos e de incorporação que levaram ao crescimento em número e qualidade do partido revolucionário. Também era vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), além de ter formado teoricamente milhares de pessoas com palestras e cursos.

E, é claro, fundou o Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, que tinha como seu empenho total no momento a defesa da mulher palestina, cuja situação revela o lado mais abominável da opressão do imperialismo.

Natália mostrou com seu próprio exemplo a importância da mulher na construção do partido operário. Era esposa, mãe de dois filhos e, mesmo assim, encontrava o ânimo para ser uma militante ímpar com tantos feitos quanto era possível. Durante mais de três anos de luta contra o câncer de mama, passou por tratamentos intensos e viu sua saúde debilitada, o que ainda assim não impediu que Natália participasse ativamente do trabalho organizativo do partido em que militava. Mesmo internada em estado grave, insistia em receber relatórios para saber tudo o que estava acontecendo na Palestina e pensava em iniciativas para tomar diante disso.

Eis a contribuição de uma única mulher. Imaginemos, então, como não seria se todas as mulheres da classe operária também encontrassem este caminho?

A criação do coletivo de mulheres leva o nome de Rosa Luxemburgo, destacada militante revolucionária polonesa que também atuou na construção da revolução proletária e é de extrema importância para o movimento de mulheres até hoje. Natália e Rosa têm em comum a disposição incansável de conduzir os oprimidos à vitória contra os seus opressores, e fizeram isso até o último momento de suas vidas. Ambas foram assassinadas por uma máquina de morte que é o capitalismo e merecem ter como seu legado a continuação e fortalecimento de suas lutas contra este sistema que esmaga a todos, e, sobretudo, as mulheres.

Natália foi a prova viva do que afirmou Lênin certa vez: “sem a mulher, não podemos construir com firmeza a democracia proletária nem o socialismo”.

Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo

4 de dezembro de 2025

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