Saúde pública

Cidade mais rica do País tem terceira morte por dengue registrada

Serviçal dos interesses criminosos dos banqueiros, o governo municipal abandona São Paulo à própria sorte

A cidade de São Paulo, maior polo econômico do Brasil, registrou sua terceira morte por dengue em 2025, conforme boletim da Secretaria Municipal de Saúde divulgado na última sexta-feira (4). O estado confirmou 409.392 casos e 390 óbitos até a última segunda-feira (7), enquanto o governo estadual e municipal, submisso aos interesses dos banqueiros, deixa a população desassistida diante de uma crise sanitária evitável. A vítima, uma mulher de 42 anos do bairro de Pinheiros, é mais um símbolo do abandono da saúde pública.

Ao todo, 113.245 casos e 475 mortes seguem em investigação no estado. Em 2024, o Brasil registrou 6,2 milhões de casos e 4.016 óbitos por dengue, segundo o Ministério da Saúde, com São Paulo liderando em números absolutos. A cidade, que responde por 11% do PIB nacional (R$ 850 bilhões em 2023, conforme o IBGE), deveria ser um exemplo de prevenção, mas sucumbe à negligência. O governo estadual, aliado ao municipal, prioriza os lucros dos bancos em detrimento da população.

Em 2024, o Itaú lucrou R$ 33 bilhões, com isenções fiscais de R$ 25 bilhões, enquanto o Bradesco embolsou R$ 18 bilhões, segundo balanços oficiais. Esses recursos, drenados do orçamento público via dívidas e benefícios fiscais, poderiam financiar mutirões de limpeza, fumacês e ampliação de UBSs.

A falta de agentes de saúde para vistoriar imóveis e eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti é gritante. Relatório da Controladoria Geral do Município de 2023 apontou déficit de 1.200 agentes de zoonoses na capital, com apenas 800 em atividade para 12 milhões de habitantes. Hospitais e postos de saúde operam no limite, com filas e demora no atendimento.

A terceira morte, registrada em um bairro de classe média alta, mostra que nem as áreas ricas escapam do descaso. Serviçal dos interesses criminosos dos banqueiros, o governo municipal abandona São Paulo à própria sorte, transformando uma doença controlável em tragédia.

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