Chuvas intensas causaram enchentes no Rio Grande do Sul na última quarta-feira (26), atingindo 12 municípios e desabrigando 2 mil pessoas. Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo tiveram alagamentos, com resgates de moradores ilhados. A Defesa Civil estadual confirmou duas mortes e 15 feridos. O governo gaúcho declarou emergência, e o Exército foi acionado.
O rio Guaíba alcançou 4,2 metros, segundo o Serviço Geológico do Brasil, inundando bairros como Menino Deus e Cidade Baixa, em Porto Alegre. Em Canoas, 300 famílias foram removidas. A comerciante Ana Ribeiro, de 45 anos, disse: “perdemos tudo de novo, é desesperador”. Estradas e pontes foram destruídas, isolando áreas rurais. Em 2024, enchentes devastaram dois terços do estado, com 169 mortes e prejuízos de R$20 bilhões, segundo a Confederação Nacional de Municípios.
A infraestrutura não foi recuperada, piorando os efeitos das chuvas atuais. A falta de obras de drenagem e contenção de rios decorre de políticas neoliberais que favorecem banqueiros. O governo federal anunciou R$500 milhões para reconstrução, mas o Movimento dos Atingidos por Barragens exige medidas efetivas. A negligência do poder público agrava a crise.


