Ásia

China vem reduzindo, nos últimos anos, sua dependência dos EUA

Em 2023, apenas 12,8% das exportações eram destinadas aos Estados Unidos, em comparação com 20% em 2017

Nos últimos dias, na conjuntura da mais recente política tarifária dos Estados Unidos contra a China, está sendo divulgado em canais de comunicação das redes sociais que a quantidade da exportação chinesa aos EUA vem diminuindo consideravelmente nos últimos anos.

Conforme quadro ilustrativo das exportações chinesas, disponibilizado pelo portal Observatory of Economic Complexity (OEC), no ano de 2023 apenas 12,8% das exportações chinesas eram destinadas aos Estados Unidos, uma queda de mais de 7% em seis anos: em 2017, as exportações aos EUA correspondiam a 20% do total.

Dados do Banco Mundial apontam um número ainda menor: apenas 11% das exportações chinesas em 2023 foram destinadas aos EUA.

No mesmo sentido, está sendo igualmente divulgado gráfico que relaciona referidas exportações com o Produto Interno Bruto (PIB) chinês ao longo de quatro décadas. Conforme referido gráfico, que tem como fundamento dados do Banco Mundial, assim como de órgãos norte-americanos (U.S. Bureau of Economic Analysis, U.S. Census Bureau), 2005-2006 teriam sido os anos em que as exportações da China para os EUA teriam sido as maiores no período analisado: quase 9% do PIB.

Contudo, sinalizando que a China vem há anos trabalhando para se tornar menos dependente do imperialismo, em 2023 apenas 1,99% do PIB chinês correspondia a exportações aos EUA.

Em sua atual política tarifária, a administração Trump já elevou em 145% as tarifas sobre importações vindas da China, uma política de chantagem econômica tanto contra o país asiático como contra outros países. Em resposta, a China vem igualmente aumentando as tarifas sobre importados vindos dos EUA: a última elevação ocorreu nesta sexta-feira (11), quando tarifa de 125% foi estabelecida — aumento de mais de 40% se comparado com o aumento determinado no início da semana (84%).

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