O diretor do Mossad afirmou que os bipes usados no ataque terrorista foram fabricados em “Israel” e infiltrados no Líbano entre 2023 e 2024
O diretor do Mossad, David Barnea, revelou novos detalhes sobre o atentado terrorista organizado por “Israel” contra a população do Líbano em setembro de 2024 em que milhares de bipes e rádios foram explodidos.
Barnea afirmou: “o primeiro carregamento contendo apenas 500 pagers chegou ao Líbano algumas semanas antes do massacre de 7 de outubro“, referindo-se à gloriosa operação do Hamas em 2023 contra assentamentos israelenses e bases militares que impunham o cerco a Gaza.
De acordo com um ex-agente de inteligência israelense conhecido como Michael, o Hesbolá comprou mais de 16.000 desses dispositivos explosivos.
Michael afirmou que as baterias dos rádios, que continham os explosivos, foram fabricadas em “Israel”, em uma instalação do Mossad.
O Mossad então criou empresas de fachada para infiltrar a cadeia de suprimentos e vender os dispositivos ao Hesbolá. Os rádios foram projetados para serem inseridos em coletes táticos blindados usados em combate.
O diretor do Mossad, Barnea, afirmou ainda: “a operação dos bipes é recente em comparação com a operação dos rádios, que foi lançada na década anterior com Tamir Pardo e Yossi Cohen. A ideia dos bipes surgiu do fato de que a operação dos rádios não era eficaz em todos os combates. Então pensamos em outra maneira de atingir os terroristas do Hesbolá com um dispositivo que estivesse sempre próximo a eles”.
“No momento em que a operação dos bipes foi ativada, dez vezes mais bipe foram detonados do que tínhamos no início da guerra, e o dobro de rádios foi detonado. Se tivéssemos ativado ambas as operações (os bipes e os rádios) no início da guerra, não teríamos alcançado a conquista poderosa que conseguimos no momento de sua ativação”.
Barnea afirmou que “a operação simboliza o ponto de virada na guerra no norte e o marco inicial dos 10 dias em que a maré virou contra nossos inimigos. Pode-se traçar uma linha clara na guerra no norte – dos bipes à eliminação de Nasseralá [secretário geral do Hezbollah] até o cessar-fogo.”
Ele cita basicamente as duas únicas vitórias de “Israel” na guerra. Fora isso foi uma derrota total em relação ao Hesbolá, que obteve a vitória militar e política na guerra de apoio à Faixa de Gaza.