Nesta segunda-feira (20), o primeiro dia após a entrada em vigor do cessar-fogo, o comandante das forças israelenses de ocupação, Herzi Halevi, renunciou ao seu cargo. Além dele, outro importante oficial militar renunciou, nomeadamente o Comandante do Comando Sul, Major General Yaron Finkelman, ambos assumindo responsabilidade pelo fracasso em impedir a revolucionária Operação Dilúvio de al-Aqsa, e em combater a Resistência Palestina nesses 16 meses de guerra.
Segundo noticiado pelo Canal 14 de “Israel”, as renúncias citadas acima levaram vários outros a também renunciarem, tal como o Major General Oded Basiuk, chefe da Divisão de Operações. Em razão disto, “mudanças dramáticas são esperadas no Shin Bet em breve”, conforme o citado órgão de imprensa, e a expectativa é pela renúncia de Ronan Bar, o chefe da agência de inteligência, que atua na Palestina.
Tais renúncias, e a possibilidade de renúncia do chefe espião de “Israel”, são fatos que se somam a inúmeros outros para comprovar que o acordo de cessar-fogo foi uma vitória indiscutível do Hamas, de toda a Resistência e do povo palestino.
Destaca-se que várias autoridades sionistas foram derrubadas pela ação revolucionária do Hamas desde 7 de outubro de 2023. Em outra publicação, o Canal 14 destaca outros que renunciaram ao seus respectivos cargos, nomeadamente Armir Baram, vice-comandante das forças de ocupação (renunciou há duas semanas); Aharon Haliva, major-general, chefe da Aman, inteligência militar israelense (renunciou em abril de 2024), e Yossi Shariel, major-general comandante da Unidade 8200, unidade da Aman responsável por operações clandestinas, coleta de inteligência de sinais (SIGINT) e descriptografia de códigos, contrainteligência, guerra cibernética, inteligência militar e vigilância. Referida unidade foi várias vezes alvo de ações militares do Hesbolá. A renúncia de Shariel ocorreu em setembro de 2024.
Além dos militares, o acordo de cessar-fogo derrubou Itamar Ben-Gvir, outrora ministro da Polícia de “Israel”, que renunciou ao seu cargo e retirou seus parlamentares da coalizão governista no parlamento.
O vitorioso cessar-fogo imposto pelo Hamas está fazendo “Israel” enfretar a maior crise de sua história. Na tentativa de manter o apoio da extrema-direita ao governo, Benjamin Netaniahu agora direciona as forças israelenses de ocupação para intensificar a campanha genocida contra a Cisjordânia, onde combatentes palestinos seguem resistindo e promovendo baixas nas fileiras sionsitas.