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Venezuela

Chavismo convoca mobilização e oferece recompensa por traidor

Venezuelanos são chamados a sair às ruas para derrotar provocações da direita com apoio do imperialismo

As eleições ocorridas na Venezuela em 28 de julho de 2024 reelegeram o presidente Nicolás Maduro para mais um mandato (o terceiro consecutivo), confirmando o apoio popular do regime chavista-bolivariano e derrotando o imperialismo que apoiava a candidatura fascista, da extrema direita, de Edmundo González Urrutia.

O resultado eleitoral, no entanto, foi e continua sendo contestado pelo imperialismo e seus aliados, sob o argumento de fraude na contagem dos votos. Isso não se sustenta, pois nunca foram apresentadas – por parte da “oposição” – qualquer prova, a não ser uma tentativa bizarra de apresentar atas fraudados, o que foi prontamente recusado pelo órgão responsável pelo pleito, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que acertadamente confirmou a vitória do candidato chavista, Nicolás Maduro, com apoio de atas de 37 dos 38 partidos que participaram das eleições.

 

Fracasso do golpe

 

A lisura do processo foi atestada por centenas de observadores internacionais que supervisionaram o pleito, oriundos de dezenas de países (incluindo os imperialistas), que constataram não ter havido qualquer irregularidade passível de contestação à legalidade do resultado saído das urnas. 

As provocações da direita fascista que procuraram desestabilizar o país vizinho foram respondidas por uma ampla mobilização popular que forçou, inclusive, que o candidato opositor abandonasse o País, diante do fracasso da tentativa de golpe de Estado.

No dia 1 de agosto, o governo Biden-Kamala- derrotado nas eleições de novembro, reconheceram a vitória de Edmundo González Urrutia, no que foi seguido apenas por posteriormentepelo reacionários governos do Uruguai (também derrotado), Costa Rica, Equador e Panamá.

Os governos da Bolívia, Rússia, China, Irã e Cuba, entre muitos outros, parabenizaram Maduro e países que acompanharam as restrições feitas pela campanha imperialista, como México e Colômbia, já anunciaram que vão mandar representantes para a posse de Maduro.

 

Mobilização para a posse

 

A posse de Maduro está marcada para a próxima sexta,  10 de janeiro, ocasião em que ocorrerá uma grande comemoração na capital, Caracas, para exaltar a vitória das forças populares contra o imperialismo e a extrema direita.

Contudo, assim como já ocorreu em todas as outras ocasiões em que o regime se viu ameaçado pelos golpistas, o chavismo já anunciou uma grande mobilização popular para enfrentar os usurpadores, de dentro e fora do País.

Edmundo González Urrutia, que se refugiou na Espanha, vem anunciando que em 10 de janeiro estará de volta a Caracas para assumir o cargo de chefe de Estado, mas os protestos patrocinados pelo imperialismo perderam força desde julho.

Nos últimos dias, o fascista apareceu na Argentina, “beijando a mão” do governo pró-imperialista da Argentina, que vem desferindo vários ataques contra o governo e o povo venezuelano.

Por sua vez, o governo chavista além de convocar, junto com o PSUV, uma brande mobilização popular desde o último dia 2, resolveu oferecer uma recompensa de US$ 100 mil (R$ 615 mil) por informação que leve à captura do opositor exilado Edmundo González, no caso de que este entre escondido no País.Venezuela oferece recompensa para captura do opositor Edmundo González — Foto: Reprodução

O presidente  Maduro declarou que, junto com “milhões de homens e mulheres que estarão nas ruas“, será empossado como presidente reeleito em um clima de “paz e tranquilidade”. 

Num programa da VTV, o presidente anunciou que “o povo sai às ruas para prestar juramento” entre os dias 8 e 12 de janeiro, principalmente no dia 10, quando “estão pensando em encher 10 avenidas” de Caracas.

A mobilização popular, desta forma, é a ferramenta eficaz não somente para garantir a posse do governo eleito, mas também para impedir as provocações da direita pró-imperialista e assegurar o duro enfrentramento que o governo e o povo venezuelano devem continuar tendo pela frente.

O facismo não derrota com palavras e discursos, mas com a mobilização de milhões, incluindo as milícias populares armadas para resistir à ofensiva criminosa do imperialismo e defender os interesses nacionais contra a entrega das riquezas e da soberania que a direita tenta impor.

 

Pela unidade latino-americana, contra o imperialismo

 

Desde que foi anunciado o resultado das eleições venezuelanas de 2024,  o governo brasileiro assumiu a posição vergonhosa de não reconhecer a vitória de Maduro, se aliando à direita e ao imperialismo, chegando ao ponto de fazer exigências absurdas para que fossem apresentadas as atas, uma espécie de boletim de urnas para verificar a autenticidade do resultado anunciado pelo órgão eleitoral venezuelano.

A postura assumida pelo governo Lula, viola o princípio constitucional e diplomático da não ingerência em assuntos internos de outro país (as eleições na Venezuela dizem respeito, exclusivamente, ao povo venzuelano), além de voltar atrás nos posições tradicionais dos governos do PT de apoio à luta do povo venezuelano, há anos sob intenso cerco golpista dos EUA, que querem roubar o petróleo do País, que tem as maiores reservas certificadas do Mundo o “ouro begro”.

Nas últimas semanas, às vésperas da posse do presidente Maduro, Lula assumiu um tom mais ameno em relação à legitimidade das eleições venezuelanas, sinalizando que pode reconhecer o governo eleito.

Em novembro, o presidente brasileiro, declarou que “Maduro é um problema da Venezuela, não um problema do Brasil” e disse também ser necessário “muito cuidado quando a gente vai tratar de outros países e de outros presidentes”, buscando adotar uma posição mais cautelosa.

Cedendo mais uma vez às pressões do imperialismo e da direita, Lula não irá à posse de Maduro, mas indicou – por hora – uma representante do segundo escalão da diplomacia nacional, a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira, que chefia a representação diplomática brasileira no país vizinho.

Na última semana de 2024, movimentos e organizações sociais brasileiros enviaram uma carta ao presidente  Lula pedindo que o governo reconheça a vitória de Nicolás Maduro na Venezuela e “respeite” a soberania do país vizinho. O documento foi assinado por entidades como Associação Brasileira de Imprensa (ABI),  o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) , a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), Centro Brasileiro de Solidariedade Aos Povos e Luta Pela Paz (CEBRAPAZ), a Marcha Mundial das Mulheres (MMM), dente outros, e assinala que o reconhecimento do Brasil “envia uma mensagem clara de apoio à paz e à estabilidade regional”.

O governo Lula precisa deixar de lado as posições que favorecem a direita fascista e o imperialismo, declarar abertamente que reconhece o governo Maduro e, além de se fazer presente na posse do governo legitimamente eleito, estabelece um plano de cooperação com o País e de unidade com o governo Maduro e outros, contra o ataques do imperialismo que se intensificarão no próximo período. 

 

 

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