Uma cerimônia em homenagem ao cartunista iemenita Kamal Sharaf foi realizada na noite de terça-feira (7), ela inaugurou sua exposição intitulada “Kamal Al-Fann” em Teerã. A exposição apresenta 120 peças do artista iemenita, girando em torno do tema da resistência.
Falando na cerimônia, Shojai Tabatabai afirmou que as obras de Kamal Sharaf representam um auxílio ao Eixo da Resistência. “Tive a fortuna de colaborar com ele em uma exposição conjunta realizada no Iraque ao longo da rota da peregrinação de Arbain”, disse.
Ele destacou o mérito técnico da arte de Sharaf, afirmando: “embora suas obras possam parecer simples à primeira vista, são tecnicamente profundas. Ele é um dos poucos artistas cujo estilo é facilmente reconhecível”.
Tabatabai acrescentou: “este artista dá especial atenção ao tema da resistência; ele não pode ignorar os eventos que ocorrem em Gaza e no Líbano, e essa preocupação se reflete em suas obras”.
Por sua vez, Kamal Sharaf declarou: “estou sentido emoções conflitantes neste momento; uma mistura de tristeza e alegria. Alegria por participar desta cerimônia e tristeza pela situação contínua na Palestina e em Gaza”.
“O mundo não apenas assiste às atrocidades dos últimos 15 meses, mas também auxilia os opressores em seus crimes”,comentou.
Sharaf explicou sua abordagem à arte da caricatura de resistência: “comecei minha arte da caricatura há 20 anos. A caricatura sempre ocupou um lugar especial para mim, não apenas como meio de jornalismo ou ganho financeiro, mas como uma forma de arte para expressar minhas crenças. Sempre me vi como um soldado na batalha”.
Ele citou o aiatolá Khomeini, líder da Revolução Iraniana de 1979: “ele disse que os EUA são um grande diabo, e tenho uma forte fé nisso. Sinto-me como um soldado lutando contra o inimigo, considerando a arte da caricatura uma forma de jiade”.
“Tenho me esforçado para ser diligente e fazer bom uso da minha arte; como uma bala que deve atingir seu alvo no momento certo, a caricatura é uma linguagem que artistas de todo o mundo entendem, independentemente de sua língua falada”, concluiu.