Cisjordânia

Centros de tortura sionista são denunciadas por ONG

Segundo ONG Human Rights Watch, mais de 10.440 palestinos estão detidos em pedaços do inferno comparáveis às infames prisões de Abu Ghraib e Guantánamo

Segundo denúncia da ONG Euro-Mediterranean Human Rights Monitor repercutida pelo órgão iraniano Press TV na matéria Monitor: Israel systematically designing prisons for torture, publicada no último dia 12, o Estado sionista de “Israel” está submetendo o povo palestino a tortura em uma prisão subterrânea, construída na cidade de Ramalá. Em um relatório, a entidade denunciou a gravidade da situação:

“Essa prisão serve como exemplo da política sistemática israelense de projetar prisões e instalações de detenção para servirem como instrumentos de tortura, punição e maus-tratos, por meio do layout e forma das celas ou salas de detenção e das comodidades fornecidas nelas.”

O grupo citou vídeos divulgados pela imprensa sionista que mostravam detidos e prisioneiros palestinos acorrentados dentro de celas subterrâneas sem colchões ou cobertores, cercados por portões de ferro e sem exposição à luz solar. Segundo o Monitor, a existência dessa prisão em “Israel”, por si só, é prova de que os centros de detenção sionistas são “projetados para torturar detidos palestinos”. Acrescentou que isso escancara o “desprezo do regime pelo sistema de justiça global”.

O grupo ressaltou que a justificativa dos israelenses de que o local abriga os mais “perigosos prisioneiros”, além de ser uma farsa, não justifica atentados contra o direito internacional.

“Essa alegação é falsa e frequentemente usada como pretexto para tortura e retaliação, como evidenciado pelo fato de que milhares de detidos da Faixa de Gaza foram libertos após serem submetidos a tortura cruel e condições de detenção ilegais sob o pretexto de serem membros de elite.”

É acrescentado que existem pelo menos 30 prisões com o intuito de torturar os prisioneiros de Gaza, indicando que os locais remetem a uma violação internacional dos direitos humanos antes mesmo da operação Dilúvio de Al-Aqsa, iniciada no dia 7 de outubro de 2023. Essa operação tem sido frequentemente utilizada pelos sionistas como justificativa para se esquivarem de todos os crimes cometidos desde então. Os centros de tortura são comparados às infames prisões de Abu Ghraib e Guantánamo, administradas pelo imperialismo norte-americano.

O grupo que compôs a investigação clama à comunidade internacional que repudie a violência genocida exercida pelo estado de “Israel” contra os palestinos.

Além da situação desumana vivida na Faixa de Gaza, desde a Nakba (1948), os palestinos vivem em uma prisão a céu aberto. Conforme a ONG Human Rights Watch, existem 10.440 prisioneiros políticos que vivem nas condições que o Monitor de Direitos Humanos Euro-Mediterrâneo denuncia.

Desde o início do cerco imperialista criminoso contra Gaza, mais de 46.500 pessoas foram mortas, sendo 70% mulheres e crianças. Isso sem contar a destruição de 80% da infraestrutura e a fome e as crises sanitárias às quais os civis estão expostos, cerca de 2,3 milhões de pessoas.

Esse resultado, “é uma consequência lógica de uma longa história de impunidade possibilitada pela completa imunidade que Israel desfruta dos Estados Unidos da América e de muitos governos europeus”, concluiu o relatório.

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