Ato In Memoriam

‘Celebremos Natália, celebremos o PCO e a revolução que virá’

Antônio Carlos Silva, membro da Direção Nacional do Partido, destacou as qualidades da grande dirigente revolucionária falecida em 22 de novembro

Dirigente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Antônio Carlos Silva destacou no Ato In Memoriam de Natália Pimenta, realizado neste domingo (30), que sua trajetória é parte fundamental da construção do Partido.

Logo no início, Antônio Carlos destacou que a homenagem não deveria ser marcada por lamentação, mas pela celebração da trajetória de uma militante cuja vida se confunde com o próprio desenvolvimento do partido:

“Para honrar a vida da companheira Natália, este deve ser um momento de celebração, um momento de alegria pela trajetória que ela deixou.”

O dirigente estabeleceu uma comparação entre tradições revolucionárias internacionais e o impacto do falecimento de Natália para o Partido:

“Os companheiros palestinos, muçulmanos, nos ensinam a transformar a morte de seus líderes em ferramenta de fortalecimento da luta. O martírio da companheira Natália tem que ser, para nós, um cimento dessa ferramenta fundamental da luta da classe operária.”

Um dos pontos centrais da intervenção foi a defesa da imprensa revolucionária —  na qual Natália teve uma atuação decisiva.

Antônio Carlos lembrou que, ainda adolescente, ela organizou o grupo que fundaria, anos depois, em 2003, o primeiro jornal diário na Internet da esquerda brasileira, o Diário Causa Operária:

“Não tem nada a ver com a imprensa capitalista e não tem nada a ver com o abandono que a esquerda fez da luta por informar os trabalhadores. A companheira Natália foi decisiva para construir uma imprensa que não serve de emprego para ninguém, mas que leva a verdade para a população.”

O dirigente também ressaltou o esforço da militante na manutenção e expansão do jornal Causa Operária:

“Convido todos a adquirir e divulgar a nossa imprensa. É um aspecto fundamental da militância que a companheira sempre impulsionou.”

Outro eixo destacado foi o papel organizador desempenhado pela militante em meio ao aprofundamento da política parlamentar da esquerda pequeno-burguesa.

Antônio Carlos afirmou que Natália sempre refutou com qualquer perspectiva de ascensão pessoal na política:

“Quando muita gente foi educada a achar que militância é subir na vida, virar deputado, diretor, puxar saco para ganhar bolsa, a companheira Natália mostrou o oposto. Seu objetivo nunca foi benefício pessoal, mas construir uma ferramenta de luta da classe operária.”

O dirigente apontou ainda o papel destacado de Natália nas polêmicas  do partido contra a política de conciliação da esquerda nos últimos anos:

“Ela foi uma excelente polemista. Procurou, de maneira coletiva, apontar claramente a política vacilante que predominou na esquerda, que transformou a luta das mulheres e da juventude em plataforma eleitoral.”

Antônio Carlos ressaltou que Natália teve papel determinante na organização do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, sempre sob a perspectiva da luta conjunta das mulheres e da classe operária pela transformação social:

“Ela mostrou o caráter reacionário da política que tenta colocar mulheres contra homens e desviar a luta de seu objetivo maior.”

A intervenção também resgatou a atuação internacionalista de Natália — que, segundo ele, foi fundamental para consolidar o PCO como partido da defesa das lutas dos povos oprimidos em escala mundial.

Entre os exemplos citados estão:

  • A denúncia da posição da esquerda brasileira diante da retirada dos EUA do Afeganistão.
  • A defesa da guerra levada adiante pela Rússia contra as provocações da OTAN.
  • A atuação direta na solidariedade ao povo palestino.

Antônio Carlos lembrou a participação de Natália na delegação do PCO que se encontrou com o Hamas:

“Desde o primeiro momento, ela defendeu a resistência palestina, a luta de armas na mão, como única forma de derrotar o Estado sionista.”

O dirigente concluiu sublinhando que a vida e a militância de Natália já se tornaram referência para todas as gerações do partido:

“Ninguém no Brasil, nenhum partido, tem algo parecido com a companheira Natália Pimenta. É um motivo de orgulho para todos nós que militamos com ela. Todo o trabalho que vemos aqui — companheiros do Rio de Janeiro, do Nordeste, do Mato Grosso do Sul — é, em boa medida, resultado do impulso decisivo de sua militância.”

E finalizou com um chamado à continuidade da obra política deixada pela dirigente:

“Temos que continuar essa obra. A melhor maneira de reverenciar sua memória é fortalecer o partido da revolução, o partido do socialismo, o partido de Natália Pimenta, o Partido da Causa Operária.”

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