Ricardo Machado

É dirigente do Sindicato dos Bancários de Brasília e ex-dirigente da CUT-DF. Integra a Coordenação dos Comitês de Luta do DF e Membro do Partido da Causa Operária (PCO)

Coluna

CEF: fechamento de agências é a liquidação do banco público

As reestruturações que estão acontecendo no banco vai justamente no sentido da sua privatização para beneficia meia dúzia de parasitas capitalistas

Todo mundo sabe que a política neoliberal é uma política imperialista, de liquidação dos diretos dos trabalhadores, da população em geral, para beneficiar os grandes capitalistas e banqueiro, nessa esteira de ataques, visa dentre outras, o fim do patrimônio público, com a entrega via privatizações.

Ninguém esquece que foi no período do governo famigerado de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na década de 1990 que quase todas as empresas estatais foram entregues a preço de banana para meia dúzia de parasitas capitalistas.

Vale do Rio Doce, Sistema Telebrás, o setor elétrico (Escelsa, Light, Gerasul), Setor Ferroviário, Petrobrás (suas ações são negociadas na bolsa de valores de Nova York), Banco, etc.

Foi uma política de terra arrasada para a maioria população brasileira, e as suas consequências nefastas são sentidas até os dias de hoje.

Uma das artimanhas utilizadas para que os representantes da burguesia nacional e do imperialismo nas privatizações era justamente sucatear as empresas como forma de justificar a entrega dos patrimônios do povo brasileiro que, na verdade era a entrega das valiosas empresas, como foi o caso da Vale do Rio Doce doada por 0,1% do seu valor, por exemplo.

De lá pra cá, essa política privatista teve a sua continuidade em menor escala de governo para governo, mas ela continua. Vejamos o que está acontecendo hoje com os Correios, por exemplo: uma política de total sucateamento e ataques aos trabalhadores para, no frigir dos ovos, pavimentar o caminho para a sua privatização e entregar para os abutres da FEDEX, HDL que já operam no Brasil.

Nos bancos públicos, a situação é a mesma. No Banco do Brasil, os bancos de desenvolvimento (Basa, Banco do Nordeste, BNDES), Caixa Econômica Federal o caminho é o mesmo.

Conforme Diário Causa Operária vem sistematicamente denunciando, há por parte das direções dos bancos públicos, dominados por políticos ligados à tal da Frente Ampla (PCdoB, PV, PSOL, REDE, AGIR, PSB, AVANTE, SOLIDARIEDADE, PSD, PDT, MDB, UNIÃO, PP) no sentido de dar continuidade o aprofundamento da política de privatizar esses bancos.

É o que acontece na Caixa Econômica Federal hoje, por exemplo, que conta na sua presidência um neoliberal puro sangue, o indicado por nada menos do que o golpista de direita e ex-presidente do Congresso Nacional, o deputado Arthur Lira (PP-AL), Carlos Antônio Vieira Fernandes, servidor de carreira da Caixa e bolsonarista de carteirinha. Um representante direto da tal Frente Ampla, que vem sistematicamente emparedando o Presidente Lula no sentido de adotar uma política que visa satisfazer os apetites dos grandes capitalistas.

As reestruturações que estão acontecendo no banco vai justamente no sentido da sua privatização e, os números de fechamento de dependências bancárias, nesse processo, não deixa dúvida que essa política de enxugamento é a preparação da sua entrega para os capitalistas sanguessugas do povo brasileiro.

Somente entre os anos de 2024 e 2025 a direção da Caixa reduziu as suas agências em 163 unidades, sendo 113 no ano de 2024 e 50 apenas até setembro deste ano (último balanço). Essa é a mesma política que vem sendo implementada por essa mesma direção através do fatiamento dos ativos do banco, tais como a Loteria Instantânea (Lotex), Caixa Seguridade, Cartões, FGTS, etc.

Diante dos ataques, que estão a todo o vapor no sentido de levar a destruição total desse grande patrimônio nacional, as organizações de luta dos trabalhadores devem organizar e mobilizar os trabalhadores da Caixa e os trabalhadores em empresas públicas para lutar contra a política neoliberal de privatizações. Somente a luta unificada dos amplos setores pode pôr fim aos ataques contra essa instituição 100% nacional, o maior banco público da América Latina, voltado para atender todas as políticas sociais, principalmente para a população mais pobre.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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