Oriente Médio

Catar promete resposta contra ataque de ‘Israel’

“Não tenho palavras para expressar o quanto estamos enfurecidos com tal ação… isso é terrorismo de Estado”, declarou xeque Mohammed bin Abdulrahman al-Thani

O ataque aéreo de “Israel” a negociadores de paz do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na capital do Catar, Doha, na última terça-feira (9), gerou uma crise diplomática de grandes proporções. Em uma entrevista à emissora norte-americana CNN, o primeiro-ministro do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, afirmou que seu país responderá à ação, que ele classificou como “terrorismo de Estado”. A reportagem, publicada inicialmente pelo G1, destaca a indignação do Catar e o risco que o ataque representa para a estabilidade no Oriente Médio.

O premiê catariano, citado pelo G1, expressou sua fúria com o ataque, que, segundo ele, foi uma traição. O Catar tem atuado como principal mediador nas negociações de cessar-fogo em Gaza e na libertação de reféns, e o ataque de “Israel” é  como uma sabotagem a esses esforços.

“Acho que o que Netaniahu fez ontem simplesmente matou qualquer esperança para esses reféns”, declarou Al-Thani, referindo-se ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netaniahu.

“Não tenho palavras para expressar o quanto estamos enfurecidos com tal ação… isso é terrorismo de Estado”, declarou.

O governo catariano prometeu resposta.

O bombardeio, que feriu oficiais catarianos, segundo o G1, provocou a reação de diversos países. A Organização das Nações Unidas (ONU) classificou o ataque como uma violação da soberania do Catar. Em solidariedade, líderes árabes estão viajando para Doha para se reunir com as autoridades catarianas, em um sinal de apoio regional. O Hamas, que confirmou a morte de cinco de seus integrantes no ataque, relatou que os líderes de alto escalão sobreviveram.

Além da condenação internacional, o ataque gerou movimentos diplomáticos na Europa. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que o bloco irá propor sanções contra ministros israelenses considerados extremistas e a suspensão de medidas comerciais.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por sua vez, classificou a ação como uma decisão unilateral de Israel. O governo catariano, contudo, negou ter recebido qualquer aviso prévio, contradizendo a declaração de Trump de que seu enviado ao Oriente Médio teria alertado o Catar.

O primeiro-ministro catariano defendeu a política de seu país de sediar representantes do Hamas para facilitar as negociações. Al-Thani negou que o Catar abrigue “terrorismo”, ressaltando que os encontros com o Hamas são de conhecimento público e visam a um cessar-fogo em Gaza.

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