EUA

Canção do rapper Kanye West é censurada nos monopólios digitais

Censura da música em grandes plataformas digitais retoma o debate sobre quem deve decidir o que é permitido nos serviços de transmissão

Na última quinta-feira (8), o rapper norte-americano Kanye West, agora conhecido como Ye, lançou a música Heil Hitler, que rapidamente acumulou quase 10 milhões de visualizações na rede social X, controlada por Elon Musk, até o sábado (17). A faixa, no entanto, foi removida de plataformas como YouTube, Spotify, Apple Music e Reddit, sob alegações de promover antissemitismo e discurso de ódio.

O videoclipe, publicado no dia que marcou o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, gerou polêmica por incluir um discurso do ditador nazista Adolf Hitler e imagens de atores afro-americanos vestidos com peles de animais entoando o título da canção, que faz referência ao líder responsável pelo extermínio de cerca de seis milhões de judeus entre 1933 e 1945. O YouTube justificou a remoção do conteúdo em comunicado à emissora NBC News, afirmando que a música violava suas políticas contra discurso de ódio. Um porta-voz do Reddit declarou: “o ódio e o antissemitismo não têm lugar no Reddit”.

As plataformas de streaming Spotify e Apple Music também retiraram a faixa de seus catálogos, sem emitir declarações detalhadas. Já a rede X, que desde sua aquisição por Musk em 2022 adotou políticas mais permissivas em relação a conteúdos, manteve o vídeo disponível, o que intensificou o debate sobre liberdade de expressão e censura online.

A música Heil Hitler é parte de uma série de ações polêmicas de West, que nos últimos anos fez declarações antissemitas, como a postagem no X em fevereiro de 2025, onde afirmou “eu amo Hitler”, e expressou apoio ao rapper Sean “Diddy” Combs, atualmente julgado por tráfico sexual em Nova Iorque. Em fevereiro, a conta de West no X foi desativada temporariamente, mas não está claro se foi uma decisão do artista ou uma suspensão da plataforma.

A censura da música em grandes plataformas digitais retoma o debate sobre quem deve decidir o que é permitido no espaço virtual. O nazismo, responsável por atrocidades históricas, é amplamente condenado, mas a remoção unilateral de conteúdos por empresas privadas levanta preocupações sobre a liberdade de expressão.

Organizações como a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), em nota publicada em 10 de maio de 2025, alertaram que decisões arbitrárias de plataformas digitais podem abrir precedentes para a supressão de outros discursos, incluindo aqueles de movimentos progressistas. A esquerda, historicamente defensora da livre expressão, enfrenta o desafio de reforçar a luta por uma liberdade plena, sem a interferência de monopólios digitais que controlam o fluxo de informações.

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