Nesta segunda-feira (28), Camboja e Tailândia chegaram a um acordo de cessar-fogo e se comprometeram a reduzir as tensões após vários dias de confrontos mortais na fronteira.
A disputa territorial de longa data entre os dois vizinhos do Sudeste Asiático, cujas raízes remontam à era colonial francesa, se intensificou no final de maio e evoluiu para um conflito militar na semana passada. No entanto, uma reunião de alto organizada pelo primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim resultou em um acordo de trégua e em um caminho para a normalização das relações.
Anwar, que liderou os esforços de mediação, afirmou que o cessar-fogo entraria em vigor à meia-noite da terça-feira (29), no horário local. Os dois países também prometeram realizar reuniões entre seus comandantes militares na quinta-feira e reativar o comitê conjunto de monitoramento da fronteira no início de agosto, com o objetivo de estabelecer um mecanismo formal para verificar o cumprimento do acordo.
Anwar também se ofereceu para fornecer observadores da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), atualmente presidida pela Malásia, e organizar uma missão de monitoramento mais ampla com outros membros do bloco para apoiar o cessar-fogo.
Os primeiros-ministros Hun Manet (Camboja) e Phumtham Wechayachai (Tailândia) reafirmaram o compromisso com uma solução pacífica em uma coletiva conjunta com Anwar. Os três líderes agradeceram ao presidente dos EUA, Donald Trump, e ao governo chinês por suas contribuições para o acordo.
Desde o início dos confrontos, na última quinta-feira (24), ao menos 35 pessoas foram mortas, incluindo civis.



