Lionel Messi, capitão e principal estrela da seleção argentina de futebol, foi cortado da convocação para os jogos das Eliminatórias da Copa de 2026 contra Uruguai e Brasil, anunciada na última segunda-feira (17). O técnico Lionel Scaloni decidiu preservar o camisa 10, que se recupera de uma lesão de baixo grau no músculo adutor, confirmada por exames após o duelo do Inter Miami contra o Atlanta United, no domingo (16). Com isso, o aguardado confronto com o Brasil, em 25 de março, não terá o astro argentino, frustrando as expectativas de um embate com Neymar Jr., que também já havia sido excluído da lista brasileira por Dorival Júnior devido a problemas físicos.
A ausência de Messi foi justificada pelo clube norte-americano em nota oficial divulgada na segunda-feira. Após uma ressonância magnética, o diagnóstico apontou o desconforto no adutor sentido durante a vitória por 2 a 1 sobre o Atlanta United, onde ele marcou um dos gols. “Seu progresso clínico e resposta ao tratamento determinarão sua volta às competições”, informou o Inter Miami. Antes disso, Javier Mascherano, técnico do time na última semana, já havia sinalizado a cautela com o jogador: “Os médicos não apontam lesão grave, mas optamos por evitar um desgaste maior e dar esse descanso.” Messi retornara aos gramados na quinta-feira (13), contra o Cavalier, da Jamaica, após um período de preservação física.
Scaloni, mesmo sem seu capitão, chamou 26 nomes para os duelos de março. Destaques como Julián Álvarez, do Atlético de Madrid, e Lautaro Martínez, da Inter de Milão, lideram o ataque, enquanto Thiago Almada, ex-Botafogo e hoje no Lyon, retorna à lista. A Argentina, atual líder das Eliminatórias, enfrentará o Uruguai em 20 de março e o Brasil cinco dias depois, em partidas decisivas para a classificação ao Mundial. Do lado brasileiro, Endrick, do Real Madrid, substitui Neymar, que segue em recuperação, mantendo a seleção verde-amarela sem seu principal nome.
Essa é a segunda vez em quatro convocações recentes que Messi fica de fora. Em agosto de 2024, após se lesionar na final da Copa América contra a Colômbia, ele também não foi chamado para os jogos contra Chile e Colômbia. Sua ausência agora reacende debates sobre a dependência argentina do craque, que voltou a atuar regularmente pelo Inter Miami apenas neste mês, marcando seu primeiro gol na MLS de 2025 contra o Atlanta United.
Messi, no entanto, é mais que um jogador para muitos. Ele se tornou uma espécie de queridinho dos identitários, grupos que o enaltecem como símbolo máximo do futebol e frequentemente o colocam em um pedestal acima de Neymar Jr., o maior craque brasileiro e o verdadeiro número um do mundo desde que surgiu. Esses fãs exaltam o argentino por seus títulos com a seleção – como a controversa conquista da Copa do Mundo de 2022 – enquanto destilam críticas contra Neymar.
