Expedito Mendonça

Militante trotskista há 40 anos, fundador e atual diretor do Sindsep-DF. Formado em História pela UniCEUB, membro da comissão de redação do Jornal Causa Operária e colunista do Diário Causa Operária.

Coluna

Britânicos querem ver Netaniahu atrás das grades

Eleitores trabalhistas se posicionam claramente em defesa do povo palestino e contra os crimes de "Israel" na Faixa de Gaza

O criminoso regime sionista está cada vez mais isolado e vem recebendo a condenação de diversos setores ao redor do mundo. Informações veiculadas pela rede de notícias Anadolu dão conta de que uma pesquisa da agência YouGov, encomendada pela ONG Action for Humanity e pelo Centro Internacional por Justiça para os Palestinos, revelou que a maioria da população britânica se opõe claramente à campanha que o Estado sionista israelense promove em Gaza, com um expressivo número de cidadãos que considera como genocídio o que ocorre na Palestina contra a população civil indefesa.

De acordo com a pesquisa, algo em torno de 55% do público repudia as operações do exército sionista em Gaza, contra 15% favoráveis. Cerca de 82% entendem as ações israelenses no território palestino como genocídio, o que totaliza 45% dos cidadãos adultos.

Essa opinião é particularmente marcante entre eleitores trabalhistas. Daqueles que votaram em Keir Starmer, primeiro-ministro, nas eleições de 2024, 68% rejeitam as ações de “Israel” e 59% denunciam o que ocorre na Faixa de Gaza como genocídio.

A pesquisa revelou também um amplo apoio do público geral à aplicação de medidas legais dos organismos internacionais contra “Israel”. E quase dois terços (65%) dos britânicos creem que seu governo deve prender o premiê israelense Benjamin Netaniahu, caso ele visite o país, ao cumprir o mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, emitido em novembro de 2024.

Chama a atenção o fato de que, entre o eleitorado trabalhista, o apoio à prisão de Netaniahu chega a 78%, com apenas 5% contrários. Os dados apontam ainda um amplo apoio dos entrevistados ao estabelecimento de um Estado palestino.

Ações humanitárias diante da crise em Gaza também detêm forte apoio da população britânica. Uma proposta de visto humanitário para os palestinos tem a adesão de 56% dos eleitores trabalhistas.

O fato é que a população britânica, de uma forma geral, mas particularmente os ingleses, vem protagonizando, ao longo de todo o último período, grandes mobilizações em defesa do povo palestino, condenando também, de forma contundente, os crimes do criminoso regime sionista contra a população indefesa de Gaza. Protestos em Londres já reuniram mais de 500 mil pessoas, jornadas essas que estão entre as maiores realizadas no Velho Continente em condenação aos crimes do sionismo.

Isso ocorre apesar da política pró-sionista do primeiro-ministro, Keir Starmer, representante da ala direitista do trabalhismo britânico. Starmer vem defendendo abertamente “Israel” e o sionismo, e seu governo é marcado pela repressão contra mobilizações pró-Palestina no Reino Unido, buscando amordaçar as vozes que se levantam contra o genocídio em Gaza perpetrado pelo regime criminoso israelense.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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