Brasil

BRICS: poucos avanços, capitulação e ameaças

Sob o comando do governo Lula, cúpula procura evitar atritos com o imperialismo genocida que se vê incomodado pelo bloco de países oprimidos

Se a Cúpula do BRICS, realizada no ano passado, na Rússia, expressou uma clara tendência de expansão e fortalecimento das alianças anti-imperialistas entre países oprimidos pelo domínio das potências tradicionais, fortalecendo o Bloco com novos ingressos (mesmo com  o veto do Brasil à Venezuela) pode-se assinalar que esta tendência embora não tenha sido paralisada, foi contida no encontro deste ano, realizado no Rio de Janeiro, nos dias 6 e 7 passados.

Sob a coordenação do Brasil

O BRICS, que é antes de tudo um bloco econômico, se define como um foro de coordenação e cooperação, conta com 11 países-membros (África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia), que têm direito a voto nas suas reuniões, e 10 países-parceiros, sem poder de deliberação.

Ainda que tenham sido adotados, alguns acordos bilaterais envolvendo – principalmente China, Brasil e Índia – muitos dos quais de forma colateral ao encontro, bem como anunciadas iniciativas que visam a um fortalecimento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês) no que tange ao financiamento dos países do Bloco de projetos de infraestrutura e outros, principalmente, em moedas locais, a Cúpula foi marcada pela política conciliadora do governo brasileiro diante da contra-ofensiva imperialista em curso. 

Declaração

Isso ficou evidente em pontos centrais da declaração final amena da Cúpula, das quais destacamos:

* Ataques ao Irã – foram condenados os ataques contra o país que é o eixo da resistência contra a política criminosa do imperialismo e do sionismo na região, mas sequer alguma menção aos EUA e “Israel”, autores dos bombardeios;

* Genocídio em Gaza – os países somente expressam “preocupação” com “os contínuos ataques de Israel contra Gaza e da obstrução à entrada de ajuda humanitária no território”, mas defendeu a existência de “Israel” (“dois estados”), o que foi criticado pelo Irã. Nada de ruptura, nenhuma condenação real ao sionismo e ao imperialismo;

* Guerra na Ucrânia – condena os ataques ucranianos, denunciando que deliberadamente visaram a atingir civis, incluindo crianças, evidenciando uma devida pressão da Rússia, mas não se posiciona ao lado do país-membro contra a provocação do imperialismo que usa os ucranianos como “bucha de canhão”;

* tarifas dos EUA – condena a “imposição de medidas coercitivas unilaterais”, citando “implicações negativas”, mas sequer menciona explicitamente o tarifaço de Donald Trump;

* Conselho de Segurança da ONU – cita a necessidade de uma mudança que inclua países em desenvolvimentos que – de fato –  quase nada alteraria o funcionamento do órgão, como a inclusão de mais dois membros do BRICS.

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