Nessa semana, o Brasil saiu da lista das 10 das maiores economias mundiais em 2025, com PIB projetado em US$2,26 trilhões, ultrapassado pela Rússia (US$2,54 trilhões) e Canadá (US$2,28 trilhões), segundo levantamento da Austin Rating baseado no relatório do FMI de outubro. O crescimento anêmico de 0,1% no terceiro trimestre posiciona o Brasil como a 34ª maior expansão global, atrás de “ Israel” (3,0%), refletindo profunda estagnação econômica.
O top 3 permanece estável com Estados Unidos (US$30,62 trilhões), China (US$19,40 trilhões) e Alemanha (US$5,01 trilhões), enquanto o Japão retoma o quarto lugar com US$4,28 trilhões, superando a Índia. Atrás do Brasil, Espanha (US$1,89 trilhão), México e Coreia do Sul (ambos US$1,86 trilhão) completam o grupo das 15 maiores, que representam 75% do PIB global. A desvalorização persistente do real acelerou essa perda de posição.
Desde a implantação do neoliberalismo no governo FHC (1995-2002), o Brasil sofreu perda catastrófica no parque industrial, com a participação da indústria no PIB despencando de cerca de 30% nos anos 1980 para aproximadamente 10% em 2025. Privatizações massivas de gigantes estatais como Vale, Telebrás e setores de energia, aliadas à abertura comercial abrupta e unilateral, eliminaram barreiras tarifárias que protegiam a manufatura nacional, resultando no fechamento de milhares de fábricas, demissões em massa e na desindustrialização precoce. Importações de bens manufaturados explodiram em mais de 200% desde 1994, enquanto exportações se concentraram em mercadorias primárias, gerando desemprego em massa no setor fabril – com milhões de vagas perdidas – e enfraquecendo cadeias produtivas essenciais como metalurgia, química e automotiva.
A dependência econômica externa cresceu, minando a soberania tecnológica e capacidade inovadora, enquanto o endividamento público explodiu com juros altos para atrair investimentos especulativos.




