No último dia 19 de março, a direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região organizou um protesto no centro administrativo do Bradesco contra mais uma leva de demissões executadas pelos banqueiros.
O ato aconteceu no Núcleo Vila Leopoldina, na zona oeste da capital paulista, onde funcionam os departamentos que recebem contratos de câmbio, cobranças, cartas de crédito e investimentos.
A justificativa esfarrapada da direção do Bradesco para demitir, foi devido ao baixo desempenho dos funcionários, motivo esse que, segundo informação do Sindicato da categoria, revoltou os trabalhadores “uma vez que estão cada vez mais sobrecarregados e também pelo fato de que bancários com boa performance também foram demitidos”. (spbancarios 25/3/2025)
Sistematicamente, a política dos banqueiros, especialmente os do Bradesco, tem sido a de jogar os funcionários no olho da rua, inclusive trabalhadores com câncer e com problemas cardíacos, mostrando o caráter reacionários dos banqueiros que tratam os seus funcionários como simples objetos descartáveis.
Somente no ano de 2024, o Bradesco demitiu mais de 2.200 trabalhadores bancários, encerrando, definitivamente, esses postos de trabalho, ou seja, reduzindo drasticamente o seu quadro funcional e, consequentemente, ocasionando uma maior superexploração daqueles que permanecem na empresa, que passaram a realizar o serviço de três ou mais bancários.
Apenas os dados das demissões em todo o ano de 2024 mostra o grau da perversidade dos banqueiros quando se trata do aumento da miséria dos seus trabalhadores.
Os banqueiros nacionais, para manter os seus fabulosos lucros, além de extorquir toda a população, através dos juros altíssimos nos empréstimos, cheque especial, cartão de crédito, tarifas e serviços bancários, tem elevado a exploração dos trabalhadores bancários às alturas, com o arrocho salarial, aumento da carga horária, triplicando a quantidade de serviço, devido à falta de pessoal e, o mais grave, que tem levado a categoria à miséria com as demissões em massa.
A demissão em larga escala é uma das faces da política dos banqueiros golpistas em descarregar, sobre as costas dos trabalhadores, o ônus de toda a orgia financeira dos capitalistas levada às últimas consequências por um punhado de parasitas, especuladores e inadimplentes (estes sim os verdadeiros devedores do País), que tem levado a economia nacional à falência.
Não há outro caminho para a categoria bancária que não seja a luta pela defesa dos seus empregos. Organizar um movimento nacional dos bancários, imediatamente, para barrar os ataques reacionários dos patrões.