Oriente Médio

Bombardeios pioram destruição em Gaza, mas Hamas reage

Ofensiva do país artificial atingiu duramente civis e a infraestrutura essencial, causando destruições estimadas em mais de US$41 bilhões

Os ataques da ditadura sionista intensificaram a destruição na Faixa de Gaza nas últimas horas, com bombardeios e demolições deixando um rastro de morte e agravando a crise humanitária no enclave palestino. Segundo informações da rede catarense Al Jazeera, na noite do último domingo (6), três explosões abalaram o bairro de Shuja’iyya, a leste da cidade de Gaza, enquanto em Rafá, no sul, quatro detonações ocorreram após o exército do enclave imperialista demolir edifícios.

O Ministério da Saúde de Gaza reporta que ao menos 50.695 palestinos foram mortos e 115.338 feridos desde o início da guerra, em outubro de 2023, mas o Ministério de Imprensa de Gaza atualizou o número para mais de 61.700 mortos, contando milhares de desaparecidos sob os escombros como presumivelmente falecidos. Em Deir el-Balah, no centro, ordens de evacuação forçada foram emitidas pelo exército de “Israel” após o disparo de cerca de dez projéteis a partir de Gaza, enquanto equipes de resgate denunciam serem alvos diretos dos ataques.

A ofensiva do país artificial atingiu duramente civis e a infraestrutura essencial. O diretor de suprimentos médicos da Defesa Civil Palestina em Gaza declarou à Al Jazeera que as forças de “Israel” estão aniquilando as bases do trabalho humanitário: “as forças de ‘Israel’ estão cometendo genocídio e destruindo os alicerces do trabalho humanitário”.

Ele informou que os ataques dificultam os deslocamentos das equipes de socorro, afirmando: “’Israel’ está alvejando nossas equipes e nos movemos com dificuldade devido à falta de recursos”. A ausência de ambulâncias em Rafá e na região central, somada à escassez de água para abastecer caminhões de bombeiros, tem inviabilizado o atendimento às vítimas dos bombardeios, que atingem desde prédios residenciais até tendas improvisadas onde famílias deslocadas se abrigam.

O porta-voz do exército da ditadura sionista, Avichay Adraee, anunciou ordens de deslocamento forçado em Deir el-Balah, chamando-as de “última advertência antes do ataque”. Ele afirmou que as forças de “Israel” “atacarão com grande força todas as áreas” de onde foguetes foram lançados, ordenando que os palestinos se dirigissem “imediatamente ao sul” para abrigos em Al-Mawasi, uma zona declarada “segura” que já foi bombardeada diversas vezes pelo enclave imperialista.

A ONG Save the Children revelou à Al Jazeera que pelo menos 15 mil crianças morreram em Gaza desde os ataques de 7 de outubro de 2023, destacando que “não há lugar seguro para crianças, civis ou os profissionais da saúde na Faixa de Gaza”. A entidade informou que 1,9 milhão de pessoas estão deslocadas no enclave e que possui mais de 50 caminhões com ajuda humanitária bloqueados pelo cerco de “Israel”.

A violência também se espalha pela Cisjordânia ocupada e por Jerusalém Oriental ocupada. A agência de notícias Wafa relatou que colonos sionistas usaram tratores para destruir a entrada da vila de Umm Safa, ao norte de Ramalá, além de ruas internas e tubulações de água. Fontes da Al Jazeera indicaram que, na manhã do último domingo (6), dezenas de colonos sionistas invadiram a Mesquita de Al-Aqsa sob escolta pesada da polícia do país artificial.

Em outras regiões, pelo menos um palestino foi ferido por disparos perto de Rummanah, noroeste de Jenin, três foram baleados próximo a Turmus Aya, nordeste de Ramalá, e um homem sofreu ferimentos graves após ser espancado pelas forças de “Israel” em Nahalin, oeste de Belém.

Em resposta à escalada dos crimes da ditadura sionista, a Resistência Palestina, sob liderança do Hamas, intensificou suas ações militares e populares. Um vídeo divulgado no TikTok pelo sítio libanês Al Mayadeen mostra os efeitos de foguetes disparados de Gaza contra as cidades de Ascalão e Asdod, cidades ocupadas pelo enclave imperialista, como retaliação aos massacres palestinos após a ruptura do cessar-fogo por “Israel”.

A imprensa local do país artificial confirmou que os projéteis atingiram Asdod, demonstrando a capacidade de resposta da Resistência mesmo sob cerco. As Brigadas Al-Quds, braço armado do partido revolucionário Jiade Islâmica Palestina, anunciaram a destruição de um veículo militar sionista com um explosivo de alta potência tipo “Thaqib”, instalado previamente na rua da Mesquita Tariq Ibn Ziyad, em Shuja’iyya, leste da cidade de Gaza.

O Hamas também convocou a população da Cisjordânia contra a agressão do enclave imperialista. Porta-voz do partido, Abdul Rahman Shadid declarou no último domingo (6): “com os crimes contínuos, o genocídio e a limpeza étnica de nosso povo em Gaza, e a agressão, o abuso e a judaização praticados pela ocupação e seus colonos na Cisjordânia, não há outra escolha a não ser nos levantarmos contra a ocupação e acendermos todos os pontos de contato”.

Ele reforçou que “todo o nosso povo na Cisjordânia deve desempenhar seu papel nacional crucial, especialmente à luz dos horríveis massacres e crimes brutais que estão sendo perpetrados contra seus irmãos na Faixa de Gaza”.

Shadid convocou uma greve geral e marchas de fúria para a segunda-feira (7), afirmando: “todos do nosso povo e da nossa nação devem assumir a responsabilidade da vitória e enfrentar esse genocídio pelo qual o povo palestino está passando, e é uma vergonha para toda pessoa livre permanecer em silêncio sobre o que está acontecendo em Gaza e na Cisjordânia, e não levantar um dedo contra os massacres da ocupação”.

Ele garantiu que “nosso povo e sua resistência fracassarão em todos os planos maliciosos da ocupação contra Gaza e a Cisjordânia, e o que a ocupação não conseguiu alcançar no passado por meio de negociações não conseguirá impor por meio de guerra e criminalidade”.

A reação da Resistência ocorre em meio a apelos internacionais. A Save the Children pediu que a comunidade global pressione as partes em conflito para proteger as crianças, destacando que “ataques indiscriminados estão sendo realizados contra civis e trabalhadores da saúde” e que o Conselho de Segurança da ONU deve garantir a segurança de civis em Gaza. Apesar da devastação causada por “Israel”, a resposta do Hamas e de outros grupos palestinos demonstra que a superioridade financeira e técnica dos invasores não consegue diminuir a determinação e a moral do bravo povo palestino, que mantém sua resistência heroica.

Abaixo, os números da destruição provocada pela ditadura sionista, divulgados pelo Hamas no Telegram. Além dos palestinos martirizados e feridos, o partido governante de Gaza também trouxe um levantamento do que foi destruído no território palestino desde o começo do genocídio em 7 de outubro de 2023:

Claro! Aqui está o texto reformatado em forma de lista, mantendo a padronização editorial e eliminando os parênteses e símbolos:


  • 150 cientistas, acadêmicos e professores universitários executados pela ocupação
  • 825 mesquitas completamente destruídas
  • 161 mesquitas severamente danificadas e necessitando de restauração
  • 3 igrejas destruídas em ataques diretos
  • 19 cemitérios parcial ou totalmente destruídos, de um total de 60
  • 2.300 corpos roubados pela ocupação dos cemitérios de Gaza
  • Cerca de 165 mil unidades habitacionais completamente destruídas
  • Aproximadamente 115 mil unidades severamente danificadas e inabitáveis
  • Cerca de 200 mil unidades com danos parciais
  • Mais de 100 mil toneladas de explosivos lançadas sobre Gaza
  • 34 hospitais incendiados, atacados ou desativados
  • 80 centros de saúde fechados pela ocupação
  • 162 instalações de saúde atacadas diretamente
  • 138 ambulâncias atingidas em bombardeios
  • 206 sítios históricos e culturais destruídos
  • 3.700 km de redes elétricas destruídas
  • 2.105 transformadores de distribuição elétrica destruídos
  • 330 mil metros de redes de água destruídas
  • 655 mil metros de redes de esgoto destruídas
  • 2.846.000 metros de ruas e estradas destruídas
  • 42 instalações esportivas e estádios destruídos
  • 719 poços de água destruídos e desativados
  • Mais de 88% da infraestrutura de Gaza foi destruída
  • Prejuízo material direto já ultrapassa os 41 bilhões de dólares

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