Após o 7 de outubro de 2023, diante da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, organizada pela resistência armada palestina contra o exército de ocupação sionista israelense, estamos assistindo por todo o planeta uma verdadeira derrocada do regime sionista, com todo o apoio do imperialismo a seu favor.
A crise do sionismo se opera claramente até mesmo dentro do país que é seu maior apoiador, os Estados Unidos. Uma pesquisa recente, conduzida pela Upswing Strategies — uma empresa de pesquisas especializada em pesquisas do Partido Democrata —, constatou que o apoio de grupos de lobby pró-~Israel~ se tornou um fardo para os candidatos democratas que buscam vencer suas eleições primárias.
De acordo com a emissora libanesa Al Mayadeen, a pesquisa entrevistou 850 eleitores democratas registrados em distritos eleitorais competitivos em Illinois, Michigan, Minnesota e Pensilvânia. Os participantes foram questionados sobre suas opiniões sobre o genocídio orquestrado por “Israel” contra a Palestina e suas percepções sobre grupos de lobby como o Comitê de Assuntos Públicos Americano-Israelense (AIPAC).
A pesquisa Upswing revelou que quase metade dos eleitores democratas (48%) nesses distritos decisivos disseram que “jamais apoiariam” um candidato ao Congresso financiado pelo AIPAC ou por organizações pró-“Israel” semelhantes. Mais de um quarto (28%) expressou essa opinião com veemência.
Ainda segundo a Al Mayadeen, “a pesquisa também reforçou tendências mais amplas que mostram um colapso na simpatia por ‘Israel’ entre os democratas. Os entrevistados expressaram opiniões predominantemente positivas sobre a Palestina e organizações internacionais como as Nações Unidas e os Médicos Sem Fronteiras, enquanto descreveram ‘Israel’ e seu primeiro-ministro Benjamin Netaniahu em termos fortemente negativos.”
Uma matéria publicada pelo portal brasileiro Opera Mundi mostra que já há parlamentares democratas apoiadores de “Israel” se afastando da organização que apoia o sionismo dentro dos EUA. O congressista Seth Moulton distanciou-se, citando o apoio do grupo ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netaniahu, e anunciou que devolverá as doações recebidas do lobby pró-“Israel”.
“Nos últimos anos, o AIPAC alinhou-se excessivamente ao governo do primeiro-ministro Netaniahu”, declarou Moulton em comunicado. “Sou amigo de Israel, mas não do seu governo atual, e a missão do AIPAC hoje é apoiar esse governo. Não apoio essa direção. É por isso que decidi restituir as contribuições que recebi e não aceitarei o seu apoio”.
A candidata democrata Mallory McMorrow, que concorre nas competitivas primárias do Senado de Michigan, afirmou que o que acontece em Gaza é um genocídio. Durante um evento de campanha em Allegan, Michigan, McMorrow recusou-se a aceitar o apoio do AIPAC, que apoia sua oponente, a deputada Haley Stevens. “Não aceito o apoio do AIPAC”, afirmou. “Não busco o seu apoio. Nunca aceitei o seu apoio. E o que estamos a ver no Oriente Médio é uma abominação moral”.
Com a pressão dos eleitores norte-americanos e as denúncias diárias do extermínio da população em Gaza pelo exército de ocupação sionista, a situação política, não apenas nos Estados Unidos, mas no mundo todo, tende a mudar drasticamente. Esse movimento conjunto mostra o quanto foi importante e decisiva a ação do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) no dia 7 de outubro.





