Economia

Banqueiros pressionam para manter a Selic nas alturas

Brasil é o segundo maior do mundo em juros reais (descontada a inflação)

O portal Poder360 publicou no último domingo (27) um levantamento junto às instituições financeiras que atuam no solo brasileiro, segundo o qual o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central “deixará a Selic no mesmo patamar na próxima reunião. A taxa básica de juros deve ficar em 15% ao ano”. O portal disse ainda que as instituições “foram unânimes em relação à magnitude da Selic na reunião desta semana” e que o Banco Central sinalizou que a Selic ficará em 15% “por tempo prolongado e que o impacto da política monetária restritiva ‘ainda está por vir’”.

O tal levantamento junto às instituições financeiras não deixa dúvida que o Brasil é o paraíso para os banqueiros, e que a direção do Banco Central trabalha a favor dos maiores parasitas do dinheiro público, ou seja, é um agente dos banqueiros, setor da economia que mais lucram na sociedade e que absolutamente nada produzem para essa mesma sociedade.

A justificativa defendida pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), composto por Fernando Haddad, Simone Tebet e o próprio presidente da instituição, Gabriel Galípolo, de se ter uma taxa Selic nesses patamares, seria para manter a meta de inflação. Tal justificativa é apenas uma cortina de fumaça nos olhos da população para esconder o que está por trás de tal política: satisfazer o apetite dos parasitas do sistema financeiro. Não há lugar nenhum no mundo com uma inflação de cerca de 4,5% e juros reais perto de 10%. O Brasil, com essa taxa, se torna o segundo maior do mundo em juros reais (descontada a inflação). 

Não foi por acaso que o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, assim que foi anunciado o aumento da taxa selic na última reunião do Copom, passando dos 14,75% para os atuais 15%, deu uma declaração elogiando Gabriel Galípolo e disse que ele faria a mesma coisa.

Com essa taxa de juros exorbitantes, o Banco Central segue sufocando a economia nacional e estrangula qualquer possibilidade de crescimento da economia nacional. A pressão dos banqueiros junto ao Banco Central para que mantenha a taxa de juros na estratosfera beneficia diretamente os banqueiros nacionais e internacionais, principalmente o capital imperialista, que se beneficia com o rendimento de juros da dívida pública, que consome metade do orçamento brasileiro.

É preciso mobilizar o povo, os movimentos populares e organizações de esquerda para libertar o País desse mecanismo ditatorial do capital estrangeiro sobre o Brasil. O Banco Central, mesmo com um presidente indicado pelo governo federal, está aplicando a mesma política do seu ex-presidente, Campos Neto, um agente dos EUA infiltrado para boicotar o desenvolvimento do Brasil.

A solução de grande parte das necessidades da população brasileira depende da solução radical do problema da dívida pública. Os juros já pagos ao longo de anos e anos com essa drenagem do dinheiro público não só pagou os juros como pagou mais que o total da dívida contraída. O pagamento dos juros da dívida pública, na realidade, é a transferência do dinheiro das mãos dos trabalhadores para o grande capital nacional e internacional, e é preciso dar um basta imediatamente com essa sangria dos recursos nacionais.

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