Os banqueiros querem “dar conselhos” ao presidente Lula para resolver a crise do financiamento imobiliário.
O sábio ditado popular afirma: “se conselho fosse bom, vendia”. Os banqueiros não querem dar nada, mas vender!
No último dia 8, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, realizou reunião com presidentes do Banco do Brasil, Itaú, Santander, Caixa Econômica Federal, Febraban (Federação dos Bancos) e Abecip (Associação Brasileira das Entidade de Crédito Imobiliário e Poupança), entre outros.
O motivo seria discutir propostas a serem apresentadas ao governo para supostamente solucionar a crise do financiamento imobiliário, que se encontra paralisado e, assim, inviabiliza o funcionamento das empresas da construção civil.
O atual sistema depende de recursos dos depósitos nas contas de poupança.
Pelo nono semestre consecutivo, no entanto, as contas de poupança têm apresentado uma impressionante redução nos seus saldos. Somente neste ano, houve uma perda de R$50 bilhões, sendo o pior resultado desde 1995.
Os principais motivos da queda são o alto endividamento das famílias, arrocho salarial e a roubalheira da taxa Selic de 15% a.a., quase o dobro do rendimento da poupança.
Com a queda nos saldos da poupança, o governo fica sem recursos para custear os programas habitacionais, como o “Minha Casa Minha Vida”.
Com as taxas de juros cobradas pelos bancos, a própria população não consegue comprar seus imóveis, paralisando o mercado da construção.
A solução certamente não virá dos “conselhos” dos banqueiros, mas através de uma mobilização das organizações populares colocando fim à “independência” do BC, parar de pagar juros aos banqueiros, drástica redução da taxa de juros e com o aumento geral dos salários.





