Nesta quarta-feira (19), ações de bancos brasileiros na Bolsa de Valores de São Paulo sofreram uma queda de 2,1% em seu valor. É a maior queda desde o início de abril, logo após o governo Donald Trump ter anunciado o tarifaço.
Conforme noticiado pela emissora norte-americana Bloomberg, a queda de 2,1% traduz-se em uma perda de R$41,3 bilhões em valor de mercado dos bancos atingidos, quais sejam Itaú (perda de R$14,71 bilhões), BTG Pactual (R$10,75 bilhões), Banco do Brasil (R$7,28 bilhões), Bradesco (R$5,4 bilhões) e Santander (R$3,2 bilhões).
A desvalorização ocorreu um dia após decisão de Flávio Dino, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), na qual ele definiu que leis e decisões administrativas ou judiciais estrangeiras não podem ser aplicadas automaticamente no País, e que só tem validade se forem homologadas pelo Judiciário brasileiro.
Embora não tenha citado expressamente a Lei Magnitsky, a decisão de Flávio Dino foi tomada após o governo Trump ter aplicado referida lei imperialista ao ministro Alexandre de Moraes, com a finalidade de interferir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e, consequentemente, nas eleições de 2026. A citada lei dos EUA impõe restrições econômicas a seus alvos, por exemplo o bloqueio de contas bancárias.
Paralelamente à aplicação da Lei Magnitsky, Trump também ordenou “a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados no tribunal, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato”.
No mesmo dia em que Flávio Dino proferiu a decisão citada no início desta matéria, o Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, órgão subordinado ao Departamento de Estado dos EUA, publicou em sua página do X declaração afirmando que é “tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados“.
A perda de R$41,3 bilhões em valor de mercado dos citados bancos brasileiros mostra a dificuldade que o STF terá de levar adiante a prometida luta pela soberania nacional. Os bancos “brasileiros” são totalmente controlados pelo imperialismo, o chamado “mercado”. Esse controle torna praticamente impossível às instituições do Estado brasileiro enfrentarem os ditames do imperialismo contra o Brasil, só podendo enfrentá-los se estiverem dispostas a romper completamente com os países imperialistas.





