Economia

Banco Central promete torturar mais a população brasileira

Instituição deve manter taxa de juros nas alturas mais ainda do que o previsto

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), comandado por Gabriel Galípolo, decidiu manter sua política de sufocamento da economia nacional ao sinalizar que os juros continuarão elevados por um período ainda mais longo do que o previsto anteriormente. A ata divulgada nesta terça-feira (24) afirma reiteradamente que a taxa básica de juros, a Selic — atualmente em absurdos 15% ao ano — deve permanecer nesse patamar por tempo “bastante prolongado”.

A decisão da última quarta-feira (18), que elevou os juros em mais 0,25 ponto percentual, representa a sétima alta consecutiva desde setembro do ano passado. Trata-se do maior patamar desde 2006, revelando a total submissão do Banco Central ao grande capital, que lucra com a estagnação da economia real e o empobrecimento do povo brasileiro.

Sob a justificativa esfarrapada de controlar a inflação, que o próprio BC admite estar caindo nos horizontes mais curtos, o Copom continua a atacar o consumo popular e inviabilizar qualquer possibilidade de crescimento econômico sustentado. Mesmo com uma inflação prevista de 4,9% para este ano — dentro da margem de tolerância da meta oficial de 3% — o comitê insiste em manter o país travado, alegando “pressão da demanda” e expectativas que, segundo eles, estão distantes do alvo.

Na prática, o Copom atua em aliança com o grande capital financeiro internacional e com os setores da burguesia nacional que especulam com a dívida pública. A política de juros altos favorece exclusivamente os banqueiros, que recebem bilhões em lucros sem produzir absolutamente nada, enquanto as famílias brasileiras veem sua renda corroída, o endividamento disparar e o desemprego estrutural se aprofundar.

O próprio BC reconhece, na ata, que o comprometimento da renda das famílias com o serviço das dívidas aumentou, assim como o fluxo de crédito negativo, ou seja, o pagamento de dívidas superando a contratação de novos empréstimos. Isso significa menos consumo, menos produção, menos emprego — uma política deliberada de recessão.

O comitê ainda tenta justificar sua sabotagem à economia apelando para a guerra comercial provocada pelos Estados Unidos e as guerras no Oriente Médio. Mas essa desculpa serve apenas para mascarar o verdadeiro motivo da manutenção de juros estratosféricos: garantir que o país continue sendo um paraíso dos especuladores, mesmo que à custa da fome e da miséria do povo.

Apesar do governo Lula manter publicamente um discurso de “preocupação com o crescimento”, o fato é que o Banco Central, “independente” desde a reforma imposta durante o governo Bolsonaro, age em oposição aos interesses nacionais. A continuidade dessa política só é possível graças à política de adaptação à frente ampla, que levou Lula a indicar o banqueiro Galípolo para a presidência da instituição.

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