Ricardo Machado

É dirigente do Sindicato dos Bancários de Brasília e ex-dirigente da CUT-DF. Integra a Coordenação dos Comitês de Luta do DF e Membro do Partido da Causa Operária (PCO)

Coluna

Bancários realizam atos no País em defesa da Previ

Os neoliberais da frente ampla querem, de todas as maneiras, colocar as suas garras nesse gigantesco patrimônio dos trabalhadores do Banco do Brasil

Nesta quarta-feira (16), aconteceram atos dos trabalhadores bancários do Banco do Brasil, em várias capitais do País, em defesa da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

O fundo de previdência dos bancários do BB passa por um profundo ataque por parte da direita neoliberal, dita “democrática”, dos setores da chamada Frente Ampla que, inclusive, ocuparam postos-chave no governo Lula. Setores esses que, inclusive, não deixam o presidente Lula governar, no sentido de implementar o seu programa defendido na campanha eleitoral para beneficiar a população mais necessitada.

Os neoliberais da Frente Ampla querem, de todas as maneiras, colocar as suas garras nesse gigantesco patrimônio dos trabalhadores do Banco do Brasil — mais de R$ 270 bilhões — tendo ainda tentáculos acionários nas maiores empresas brasileiras, em setores vitais como energia, telecomunicações, siderurgia, mineração e aviação. Gigantes como a Vale do Rio Doce, a CSN. Para isso, contam não só com a imprensa venal, que vem dando um extraordinário destaque ao afastamento do atual presidente da Previ — um legítimo representante dos trabalhadores à frente da instituição, João Fukunaga — como também com os bonecos de ventríloquos do imperialismo, como o senador Sérgio Moro (ex-Arena, ex-PFL, ex-Democratas e, hoje, União Brasil), aquele mesmo que foi peça-chave do imperialismo norte-americano no golpe de Estado de 2016 e responsável pela operação farsesca da Lava Jato. Agora, mais recentemente, contam com a colaboração dos ministros do Tribunal de Contas da União, em especial do ministro Walton Alencar Rodrigues — que ocupa esse cargo desde a década de 1990 por indicação do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que em seu governo implantou uma política ultraneoliberal de caos econômico no País e de entrega de praticamente todo o patrimônio nacional. Se não fosse a reação dos trabalhadores bancários do Banco do Brasil, esse patrimônio hoje provavelmente estaria nas mãos dos grandes banqueiros privados.

Os atos em defesa da Previ aconteceram nas portas dos principais edifícios do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília, que abriga grande parte dos trabalhadores nas áreas administrativas do banco. Destaque para o prédio do BB em Brasília, onde está sediada a presidência do banco.

Estiveram presentes, além dos trabalhadores bancários do BB, várias lideranças sindicais que utilizaram a tribuna para denunciar os ataques à Previ e defender a entidade, que completou, nesta mesma data, 121 anos de existência.

“Já estamos acostumados, ao longo de todos esses anos, com as tentativas de agentes externos de repassar a gestão da Previ para as mãos do mercado. Hoje, esta gestão é inteiramente feita pelos próprios associados e associadas, sejam eleitos ou indicados pelo patrocinador, que é o Banco do Brasil. Essas movimentações de alijar os associados da gestão da Previ ficaram mais fortes no período recente”, destaca Fernanda Lopes, coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB). (Site Contraf, 16/04/2025)

Os fundos de pensão das estatais são patrimônios construídos pelos trabalhadores e só a eles cabe o seu gerenciamento. Por isso, deve-se lutar por uma Previ controlada única e exclusivamente pelos trabalhadores.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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