Na noite de terça-feira (16), os bancários da Capital Federal, em assembleia, elegeram os representantes que irão compor a Comissão Eleitoral que conduzirá o processo para o pleito da eleição da nova diretoria do Sindicato dos Bancários de Brasília para o quadriênio 2026/2030.
A assembleia, realizada no teatro dos bancários, na sede do Sindicato, contou com a presença de 289 sindicalizados devidamente credenciados para votar nas duas chapas que se apresentaram para eleger os membros da Comissão Eleitoral.
Conforme o estatuto da entidade, a chapa que obtiver 20% dos votos terá garantido um representante.
A chapa 1, apoiada pela atual diretoria do Sindicato, obteve 74% dos votos e, pelo critério da proporcionalidade, indicou quatro membros, enquanto a chapa 2, representada pela “Alternativa” Bancária (PSTU, PSOL, UP, PCBR, PCB e seus satélites), contará com um representante, pois alcançou apenas 20% na proporcionalidade.
Em relação à suposta “oposição”, é necessário tecer algumas considerações: trata-se de uma junção de vários agrupamentos, entre eles setores com um verniz esquerdista (PSTU, PSOL), mas que, no frigir dos ovos, adotam uma política direitista, como, por exemplo, o apoio ao golpe de Estado de 2016, no impeachment da presidenta Dilma Rousseff, eleita democraticamente; a defesa da prisão do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; e a defesa intransigente da farsa da Operação Lava Jato.
Ou mesmo aqueles setores ultraesquerdistas, que se dizem “comunistas”, mas que, no entanto, são partidos pequeno-burgueses, centristas e oportunistas, que se reivindicam seguidores do youtuber Jones Manoel (PCBR), o mesmo que declarou voto em um neoliberal de carteirinha e, hoje, filiado ao PSDB, Ciro Gomes.
Ou seja, é a “oposição” de que toda a direita reacionária e os banqueiros gostam.
O que caracteriza esses setores é a profunda ilusão de ganhar o Sindicato por cima da categoria, sem um verdadeiro trabalho de penetração junto à categoria, em particular com métodos de denúncias, sem base de fundamentação, contra a atual direção do Sindicato.
A categoria bancária e, em especial, a de Brasília, no processo eleitoral, estará em um momento decisivo diante da ofensiva reacionária dos golpistas, que utilizarão todos os métodos (inclusive apoiando um setor que se diz de “oposição”) para aumentar os seus ataques à categoria bancária. O processo eleitoral será um momento decisivo no sentido de derrotar os planos da direita golpista e dos banqueiros.





