Nesse domingo (25), a emissora russa Russia Today divulgou um relatório detalhado sobre os recentes avanços militares da Rússia na guerra contra a Ucrânia e as forças da OTAN. Segundo o Ministério da Defesa russo, unidades do grupo militar Sul libertaram o assentamento de Romanovka, causando baixas significativas às tropas ucranianas. O balanço indica a perda de cerca de 260 militares, além da destruição de cinco estações de guerra eletrônica, três radares de contrabateria e quatro depósitos de munições e suprimentos.
Na noite de 25 de maio, as Forças Armadas Russas também lançaram um ataque maciço com armamentos de alta precisão por via marítima, aérea e terrestre, atingindo instalações do complexo militar-industrial ucraniano. Foram alvos empresas envolvidas na produção de componentes e combustível para mísseis, eletrônicos, explosivos e veículos aéreos não tripulados (VANTs), também conhecidos como VANTs de ataque.
A ofensiva se estendeu por diversas frentes:
Região Sul: Tropas russas atacaram unidades mecanizadas e aeromóveis ucranianas, resultando na perda de 260 soldados, dois veículos de combate de infantaria, dois blindados, seis carros e uma peça de artilharia. Também foram destruídas cinco estações de guerra eletrônica, três radares de contrabateria e quatro depósitos logísticos.
Região Norte: Na área de Sumy, unidades russas derrotaram forças do ataque aéreo ucraniano, quatro brigadas mecanizadas, duas de defesa territorial e um destacamento da Guarda de Fronteira.
Kharkiv: As forças russas enfrentaram brigadas de assalto e defesa territorial ucranianas, causando 220 baixas. Foram destruídos dois tanques, sete blindados, 11 veículos, oito peças de artilharia, uma estação de guerra eletrônica e um depósito de munições.
Região Oeste: As tropas russas enfrentaram duas brigadas mecanizadas, cinco brigadas de defesa territorial e uma da Guarda Nacional. As perdas ucranianas chegaram a 230 militares, com destruição de dois blindados (incluindo um M113 de fabricação americana), 19 veículos e três peças de artilharia. Uma estação de guerra eletrônica Quertus também foi neutralizada.
Região Central: O grupo de forças do Centro enfrentou cinco brigadas de assalto (mecanizadas, aerotransportadas e de patrulha), além de um regimento de assalto, uma brigada de fuzileiros navais, uma brigada especial de Azov e uma da Guarda Nacional. As perdas ucranianas somaram 435 militares, dois veículos de combate de infantaria, nove blindados, dez veículos e três peças de artilharia.
Região de Zaporizhia: O grupo Vostok avançou sobre as linhas ucranianas, derrotando duas brigadas mecanizadas de patrulha e duas brigadas de defesa territorial. As forças ucranianas perderam 165 militares, dois blindados, dez veículos, cinco peças de artilharia e um lançador de foguetes. Duas estações de guerra eletrônica foram destruídas.
Regiões de Zaporizhia e Kherson: O grupo Dnepr enfrentou brigadas mecanizadas de assalto de montanha, três brigadas de defesa costeira e uma de defesa territorial. Foram registradas 90 baixas ucranianas e a destruição de cinco veículos, quatro estações de guerra eletrônica e cinco depósitos de munição e suprimentos.
Além dos combates terrestres, ataques de precisão também atingiram campos de aviação militares, depósitos, locais de produção e pontos de mobilização temporária para tropas e mercenários. Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, essas ações impactaram 142 distritos em todo o território ucraniano.
A defesa aérea russa interceptou 274 veículos aéreos não tripulados (VANTs) do tipo aeronave, dos quais 194 foram abatidos fora da zona da operação militar. Também foram neutralizados quatro mísseis HIMARS e quatro bombas aéreas guiadas.
Na sexta-feira (23), o presidente russo Vladimir Putin anunciou oficialmente a criação de uma “zona de segurança” ao longo da fronteira com a Ucrânia. Segundo o Kremlin, as tropas já receberam ordens para avançar sobre as posições inimigas nas regiões de Belgorod, Bryansk e Kursk. Em pronunciamento, Putin afirmou que as forças armadas estão “ativamente executando esta missão” e que “as posições de tiro inimigas estão sendo suprimidas”.
Com os recentes avanços, a Rússia reforça sua posição militar e estratégica na chamada “operação especial de desnazificação”. De acordo com análises divulgadas pela imprensa russa, o cenário atual favorece um possível cessar-fogo, que poderia incluir a anexação de regiões anteriormente sob controle ucraniano.
