Oriente Médio

Autópsia atesta crueldades de ‘Israel’ contra menino brasileiro

Documento revela que o jovem Walid Ahmad, de apenas 17 anos, morreu devido a uma fome sistemática, com sarna e tratado com a mais horrível brutalidade

Na última quinta-feira (3), foi divulgada a autópsia do mártir brasileiro-palestino Walid Ahmad, de apenas 17 anos, que morreu na prisão israelense de Megido. O laudo apontou que a principal causa de sua morte foi a fome sistemática imposta pelos sionistas, sendo essa a condição central que desencadeou outros sintomas críticos, como a infecção por sarna ocorrida em dezembro do ano passado.

Segundo o relatório, Ahmad vinha se queixando de não receber comida suficiente e, no último dia 22, perdeu a consciência. Foi levado à clínica da prisão, onde as tentativas de reanimação fracassaram. A autópsia também constatou a presença de enfisema — uma doença pulmonar crônica — e bolsões densos de ar se estendendo até a membrana do coração, pescoço, cavidade torácica, abdômen e intestinos.

Além disso, foi observada atrofia severa, abdômen afundado e completa ausência de massa muscular e gordura subcutânea na parte superior do corpo e nos membros. Havia também marcas na pele causadas por erupções cutâneas, resultado da sarna agravada pela debilidade extrema decorrente da fome a que foi submetido na prisão.

A autópsia do jovem brasileiro revelou outros sinais inequívocos de tortura, revelando que a crueldade do sionismo não se limita ao genocídio de mais de 50 mil palestinos: atinge também os prisioneiros de guerra, submetidos a condições brutais que provocam o desenvolvimento de diversas doenças até os levar à morte.

Além das marcas deixadas pela fome intensa, a autópsia revelou ainda a presença de edema e congestão no intestino grosso — indícios de que Ahmad também pode ter sido espancado pelos carcereiros, o que reforça ainda mais a desumanidade dos sionistas.

O Ministério das Relações Exteriores afirma que ainda há 11 brasileiros residentes na Palestina detidos pelo Estado de “Israel” em suas prisões. Segundo o ministério, a maior parte desse grupo está presa sem acusações ou julgamentos formais — situação semelhante à da ampla maioria dos palestinos sob custódia sionista. E mesmo que houvesse julgamento formal, isso não justificaria as condições desumanas a que estão submetidos, como foi o caso de Ahmad.

Além do genocídio contra o povo palestino — intensificado após o rompimento do acordo de cessar-fogo —, a prisão ilegal de 11 brasileiros e a morte brutal de Walid Ahmad nas prisões do sionismo reforçam a necessidade de que o governo brasileiro rompa imediatamente as relações com o Estado sionista de “Israel”.

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