O imperialismo norte-americano vem aumentando a pressão sobre o regime liderado pelo legítimo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, após a Marinha dos EUA roubar dois navios-tanques da Venezuela, confiscando suas cargas, em atos de pirataria.
O presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, anunciou, após o ato criminoso, um “bloqueio” de “todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela”. Maduro respondeu denunciando o ato de pirataria internacional e colocando a Marinha venezuelana para escoltar os petroleiros no Caribe.
Roubar o petróleo venezuelano
Trump havia acusado a Venezuela de usar o petróleo para financiar crimes e afirmou que manteria o reforço militar. Declarou que o país estaria “completamente cercado pela maior armada já reunida na história da América do Sul” e ameaçou ampliar o cerco “até que devolvam aos Estados Unidos da América todo o petróleo, terras e outros bens que nos roubaram”.
Em uma entrevista por telefone à NBC News, Trump não descartou a possibilidade de uma guerra contra a Venezuela; contudo, não reconheceu a tentativa de derrubar o governo democraticamente eleito, afirmando apenas que “ele sabe exatamente o que eu quero”… “Ele sabe melhor que ninguém”, se referindo a Maduro. Recentemente os dois presidentes conversaram por telefone.
O secretário de Estado de Trump, Marco Rubio, por sua vez, subiu o tom, afirmando, em outra entrevista, que “não há nada que vá impedir nossa capacidade de aplicar as leis americanas em termos de navios que foram sancionados”, classificando o governo Maduro como ilegítimo e intolerável para os Estados Unidos.
O governo venezuelano respondeu com um comunicado denunciando a medida como violação do direito internacional e pretensão colonialista de roubo de recursos naturais. Caracas informou que levaria uma denúncia formal à Organização das Nações Unidas (ONU) e afirmou que Trump, ao falar em “devolver” petróleo e terras aos EUA, age como se as riquezas venezuelanas fossem propriedade norte-americana. O texto também reafirmou o direito à livre navegação e ao comércio e declarou que a Venezuela não voltará a ser colônia de nenhuma potência estrangeira.
Milícias populares
O governo Maduro realiza uma ampla mobilização na Venezuela, que envolve milhões de cidadãos armados, com a formação de milícias por todo o país. Maduro já afirmou que não quer a guerra, mas que está preparado para se defender. Essa é uma das principais crises políticas no Caribe, que já deixou pelo menos 100 mortos, vítimas da ação criminosa dos EUA que enviaram grande contingente militar, incluindo submarino nuclear, e bombardearam aleatoriamente embarcações afirmando, sem comprovação alguma, que se tratava de tráfico de drogas.
A mobilização venezuelana deve ser acompanhada por uma iniciativa também no Brasil, em solidariedade ao povo venezuelano e contra a ameaça do imperialismo norte-americano no continente.
Os Comitês de Luta e Partido da Causa Operária, ciente dessa necessidade, está convocando um ato nacional no dia 11 de janeiro de 2026, domingo, às 10h, na Praça Oswaldo Cruz, na Avenida Paulista, em São Paulo, com caravanas de vários estados.
É preciso sair às ruas em defesa da Venezuela e da soberania contra os crimes do imperialismo.





