Segundo relatos e correspondências obtidos pelo jornal britânico The Guardian, os ativistas da Flotilha Global Sumud, que foram sequestrados por “Israel”, estariam sofrendo tortura. A flotilha era composta por mais de 40 embarcações e 500 ativistas, incluindo parlamentares, advogados e a ativista ambiental Greta Thunberg. A missão do grupo era romper o bloqueio naval de 16 anos imposto por “Israel” e entregar suprimentos essenciais para a população palestina, sob situação de fome reconhecida até pela Organização das Nações Unidas (ONU). Na flotilha, estavam ainda 11 brasileiros.
Após os barcos serem interceptados por “Israel”, os ativistas foram detidos e levados para instalações israelenses. Foi nesse momento que os relatos de maus-tratos surgiram. Em uma correspondência a oficiais suecos vista pelo The Guardian, a ativista Greta Thunberg descreveu as condições de sua detenção. Ela relatou ter sido mantida em uma cela infestada de percevejos, com comida e água insuficientes, o que a deixou desidratada e com erupções cutâneas.
Outros relatos são ainda mais perturbadores. Testemunhas a bordo da flotilha afirmaram que a ativista foi arrastada pelo cabelo, espancada e forçada a beijar a bandeira israelense. Um jornalista que estava na embarcação, e que também foi detido, descreveu que Thunberg foi “envolvida na bandeira israelense e exibida como um troféu” pelos soldados.
O tratamento dispensado aos ativistas contrasta drasticamente com a versão oficial de “Israel”. O Ministério das Relações Exteriores do país negou as acusações de maus-tratos, afirmando que todos os detidos foram tratados de acordo com a lei, recebendo assistência médica, água e comida adequadas, além de terem acesso a representação legal.
O incidente gerou uma onda de condenação internacional. Diversas organizações de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, se pronunciaram, pedindo uma investigação imediata e transparente. A ONU também se manifestou, solicitando uma apuração independente dos fatos para determinar a veracidade das acusações e responsabilizar os culpados.





