A Flotilha Global Sumud, inciativa que visa entregar ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza por meio de ativistas embarcados em alto mar, divulgou nesta terça-feira (30) uma declaração acusando a marinha italiana de tentar sabotar seu objetivo de romper o cerco israelense.
“O Ministério das Relações Exteriores da Itália informou que sua fragata naval em breve emitirá uma chamada de rádio, oferecendo aos participantes a ‘oportunidade’ de abandonar o navio e retornar à costa antes de chegar à chamada ‘zona crítica'”, dizia a declaração.
O setor de imprensa da Flotilha Global Sumud acrescentou:
“Sejamos absolutamente claros: isso não é proteção. É sabotagem. É uma tentativa de desmoralizar e fraturar uma missão humanitária pacífica que os governos falharam em assumir, embora tenha sido o silêncio e a cumplicidade deles que levaram a este ponto.”
A declaração afirmou ainda que, se a Itália realmente quisesse proteger vidas, “não estaria agindo como facilitadora de ‘Israel’, nem pressionando civis a recuar”, mas, em vez disso, usaria sua frota naval para garantir a passagem segura da flotilha e ajudar os voluntários a entregar ajuda vital a Gaza.
“Em vez disso, ela nos escolta apenas até o ponto de perigo, nos afastando enquanto ‘Israel’ continua a massacrar e matar de fome o povo palestino com impunidade”, acrescentaram.
O grupo afirma que “a flotilha segue em frente”, acrescentando que não recuará de sua responsabilidade moral.
“Cada milha náutica que navegamos, cada ameaça que enfrentamos, apenas sublinha o que os governos falharam em fazer e o que cidadãos comuns são agora compelidos a fazer e estão fazendo.”
A Flotilha Global Sumud anunciou que seu navio Al-Damir, transportando médicos e jornalistas internacionais, partiu do porto de Otranto, Itália, em direção a Gaza, apesar dos esforços da marinha italiana para obstruir a missão humanitária.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, pediu à flotilha que interrompesse sua jornada, alegando que continuar “pode representar um obstáculo ao caminho da paz”. Anteriormente, a marinha italiana havia retirado a escolta da flotilha.
De acordo com os organizadores da flotilha, o Ministério das Relações Exteriores da Itália os notificou de que a fragata naval que monitorava a missão em breve emitiria um chamado de rádio oferecendo aos participantes a “oportunidade” de desembarcar e retornar à costa antes de chegar ao que as autoridades descreveram como a “zona crítica”.
A flotilha rejeitou isso como uma tentativa deliberada de sabotar sua missão. “Isso é covardia disfarçada de falsa diplomacia”, disseram os organizadores em um comunicado, acusando a Itália de tentar dividir e desencorajar um esforço humanitário pacífico.
O comunicado enfatizou que todos os participantes estão cientes dos riscos e permanecem comprometidos com sua missão. Os organizadores afirmaram que a marinha italiana não iria atrapalhar o esforço, ressaltando que “o bloqueio de Israel é ilegal, e o silêncio do mundo não é mais suportável”.
Eles acrescentaram que, se a Itália estivesse realmente empenhada em salvar vidas, usaria sua marinha para garantir a passagem segura, defender o direito internacional e entregar ajuda vital, em vez de pressionar civis a se retirarem.





