O Ministério da Saúde do Iêmen confirmou neste domingo (24) que o número de vítimas da mais recente agressão israelense à capital iemenita, Saná, aumentou para seis mortos e 86 feridos.
Entre os feridos estavam sete crianças e três mulheres, com 21 pessoas em estado crítico. As baixas foram resultado de múltiplos ataques aéreos israelenses que tiveram como alvo infraestrutura civil na cidade.
A agressão atingiu a estação elétrica de Haziz, localizada nas instalações da Companhia Petrolífera do Iêmen, na Rua Al-Sitteen, em Saná. Os ataques causaram uma interrupção temporária na região, antes que a Companhia Petrolífera do Iêmen anunciasse que a situação havia se estabilizado. O Ministério do Interior reabriu mais tarde as estradas ao redor dos locais atingidos.
O correspondente da emissora libanesa Al Mayadeen em Saná relatou que unidades de defesa aérea iemenitas enfrentaram os aviões de guerra israelenses durante o ataque, forçando-os a deixar o espaço aéreo iemenita.
A agressão ocorre em meio ao aumento das tensões na região, com o Iêmen continuando a enfrentar repetidos ataques israelenses, além do bloqueio e da crise humanitária.
O Iêmen tem mantido um bloqueio naval contra portos israelenses, com o objetivo de interromper cadeias de suprimentos e rotas comerciais estratégicas. Líderes militares iemenitas reiteraram que essas operações continuarão até que o cerco a Gaza seja suspenso e a agressão israelense chegue ao fim.
No início desta semana, Sayyed Abdul-Malik al-Houthi, líder do Ansar Alá, partido que dirige o Iêmen, reafirmou que as operações de apoio do Iêmen persistirão tanto no fronte militar quanto no naval. Ele descreveu essas ações como respostas eficazes à agressão israelense e as enquadrou no papel mais amplo do Iêmen na defesa da causa palestina.
Em seu discurso semanal, al-Houthi condenou o que chamou de “crime do século” de “Israel”: a fome deliberada e o bombardeio de Gaza, alertando que centenas de milhares de crianças palestinas enfrentam a morte pela fome sob condições de cerco. Ele também advertiu contra planos israelenses que têm como alvo Jerusalém e a Mesquita de Al-Aqsa, enquadrando as operações do Iêmen tanto como uma forma de dissuasão quanto como contribuição para uma frente de resistência mais ampla.





