Um funeral de grandes proporções foi realizado no subúrbio de Beirute para o comandante mártir do Hesbolá, Haitham al-Tabatabai, conhecido como Saied Abou Ali e seus camaradas que foram martirizados ao seu lado no araque aéreo israelense de domingo (23). A cerimônia contou com enorme participação de apoiadores da Resistência e foi marcada por um elogio proferido pelo chefe do Conselho Executivo do Hesbolá, Sheikh Ali Daamoush. Em seu discurso, o xeique Daamoush prestou homenagem ao comandante e seus camaradas, declarando:
“Com honra e orgulho, nos despedimos do grande comandante Haitham al-Tabatabai e de seus camaradas, mártires do Líbano e de seu povo. “
O xeique Daamoush descreveu al-Tabatabai como um comandante proeminente que desempenhou um papel central em todos os confrontos. Ele enfatizou que al-Tabatabai foi uma das figuras-chave por trás das principais conquistas da resistência, referindo-se a ele como “um dos arquitetos da libertação e da vitória”. Segundo Daamoush, o falecido comandante estava entre os líderes de mais alta patente que dirigiram o Povo do Poder, umas das facções do Hesbolá, em batalha com coragem e eficácia.
Acrescentou que Tabatabai recebeu vários elogios do falecido Secretário-Geral, Saied Hassan Nasseralá, em reconhecimento à sua liderança e contribuições no campo de batalha. Ao comentar o assassinato de al-Tabatai, Daamoush afirmou que o objetivo era desestabilizar a Resistência e força-la a recuar de suas posições. No entanto, insistiu que a tentativa fracassaria, afirmando que tais atos apenas fortalecem a determinação da resistência.
Declarou ainda que o martírio de al-Tabatabai não impediria a continuação de seu trabalho e plano, observando que o Hesbolá tem “homens capazes de assumir responsabilidades, independentemente dos sacrifícios”. Daamoush reiterou que, embora “Israel” acredite que o assassinato de líderes possa enfraquecer o Hesbolá, o grupo, ao contrário, se fortalece por mio de seus mártires.
Em relação às obrigações nacionais e o cessar-fogo, o xeique Daamoush também abordou o contexto político mais amplo, afirmando que o Hesbolá não se preocupa com quaisquer propostas enquanto “Israel” não cumprir o cessar-fogo. Enfatizando que é dever do Estado proteger seus cidadãos e sua soberania, instando o governo libanês a adotar planos para esse fim, rejeitando às pressões e imposições estrangeiras.
Também criticou o desempenho do governo, afirmando que as concessões feitas até o momento não produziram resultantes tangíveis, reafirmando o compromisso do Hesbolá com sua missão, prometendo continuar o caminho dos mártires e permanecer em campo até que todos os objetivos sejam cumpridos. Com esta situação, manifestante libaneses se reuniram em Beirute contra a agressão israelense, expressando apoio à Resistência e aos mártires.
A manifestação começou na Rua Hamra, no centro, expressão a indignação coletiva contra os ataques ao país e a prolongada detenção de cidadãos libaneses em prisões israelenses. O protesto também condenou a interferência dos Estados Unidos nos assuntos internos do Líbano, rejeitando as violações israelenses, incluindo assassinatos diários e a destruição sistemática de aldeias fronteiriças.





