Auxiliar próximo do presidente russo, Vladimir Putin, Nikolai Patrushev acusou a OTAN de preparar ações subaquáticas contra a infraestrutura marítima da Rússia, como gasodutos e navios-tanque. Em entrevista ao jornal National Defense na quinta-feira (13), ele destacou que países europeus do bloco lideram essas táticas de sabotagem, mesmo com o diálogo entre o governo russo e o norte-americano retomado. “Ameaças são o principal instrumento nas relações entre Estados”, afirmou.
Segundo Patrushev, a militarização europeia, aprovada pela UE este mês, aumenta riscos à navegação e portos russos. “Provocações marítimas são táticas ocidentais desde a Guerra Fria”, disse, apontando ciberataques já em curso contra equipamentos de navegação russos para gerar emergências. “Suas marinhas planejam ações terroristas contra nossos gasodutos e cargueiros”, completou.
Ele atribuiu a escalada ao imperialismo britânico, que, segundo ele, busca minar negociações sobre a Ucrânia. A OTAN intensificou patrulhas no Mar Báltico com a Operação Baltic Sentry após danos a cabos submarinos, sem provas contra a Rússia, que nega envolvimento. Alexander Molchanov, do Conselho de Segurança russo, também alertou sobre planos do bloco para operações no fundo do mar. Os russos criticam a expansão militar do braço armado do imperialismo e prometem proteger seus interesses.
