Julian Assange, fundador do WikiLeaks, apresentou nesta quarta-feira (17) uma queixa-crime na Suécia contra 30 pessoas ligadas à Fundação Nobel, acusando-as de crimes previstos na legislação sueca, como apropriação indevida de recursos, facilitação de crimes de guerra e crimes contra a humanidade, além de financiamento do crime de agressão.
A queixa foi protocolada na Autoridade Sueca de Crimes Econômicos e na unidade sueca responsável por crimes de guerra. O pedido exige o congelamento imediato dos 11 milhões de coroas suecas (SEK 11 milhões) do Nobel da Paz concedido à dirigente oposicionista venezuelana María Corina Machado.
Assange sustenta que o repasse dos recursos contrariaria o testamento de Alfred Nobel e financiaria ações associadas a “execuções extrajudiciais de civis e sobreviventes de naufrágios no mar”. Em declaração, afirmou: “esta queixa busca o congelamento imediato de todos os fundos restantes e uma investigação criminal completa, para que o Prêmio Nobel da Paz não seja permanentemente convertido de um instrumento de paz em um instrumento de guerra”.
Machado, principal figura da oposição golpista venezuelana, defendeu intervenção estrangeira e apoiou a escalada militar dos Estados Unidos contra a Venezuela. Assange cita falas atribuídas a ela, incluindo elogios a ataques norte-americanos contra embarcações civis, a defesa de que “a escalada militar pode ser o único caminho”, e a dedicação do prêmio ao presidente Donald Trump, além de endosso à estratégia de “letalidade máxima” contra a Venezuela.





