A Receita Federal anunciou que, no mês de julho, foi registrado um novo recorde de arrecadação. O montante arrecadado chegou a R$254 bilhões, o que representa um aumento de 4,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Trata-se do maior valor para o mês de julho desde o início da série histórica.
Em julho de 2023, haviam sido arrecadados R$243 bilhões; em 2024, foram R$ 254 bilhões, ou seja, mais de R$ 10 bilhões a mais. Um dos fatores apontados é o aumento da cobrança do IOF, que representou pouco mais de R$750 milhões, mas a Receita Federal ressalta que se trata apenas de uma parcela do resultado.
O governo comemorou os números, alegando que está procurando ampliar a distância entre a arrecadação e a despesa. Essa seria a justificativa para o aumento de impostos — que é o que significa o aumento da arrecadação da Receita Federal.
O problema é que, além de aumentar impostos que recaem sobre a parcela mais pobre da população, a obsessão do governo com a chamada “meta fiscal” o tem levado a aplicar uma política de cortes sociais. Em dois anos, não há reajuste do Bolsa Família.
Toda essa voracidade em arrecadar serve para sustentar o parasitismo dos banqueiros, dos especuladores do mercado financeiro, que todo dia estão grudados na jugular do povo brasileiro e levam embora mais de R$ 7 bilhões por dia do orçamento público. E dados mostraram que até junho, levaram mais de 54% da arrecadação. Graças ao Banco Central “independente”, com a segunda maior taxa de juros do mundo, não há nada para comemorar.
Se a gente falasse, não, estão arrecadando mais porque estão pressionando aí setores empresariais e com isso tem mais verba para a educação, para a saúde, para a moradia, a gente, com certeza, teria, saudaria pelo menos essa iniciativa limitada, mas importante. Mas não é disso que se trata. Pelo contrário, tem toda uma discussão de economizar, de cortar gastos com funcionalismo, com os serviços públicos. É uma política para lá de criminosa e precisa ser denunciada como tal.
Bom, para a gente fechar a pauta nacional, passar para o Caio, porque é esse problema que nós falamos, a direita está articulando





