Oriente Médio

Após mediar cessar-fogo, Trump discursa no parlamento israelense

Antes de seu discurso, e mesmo antes de ser apresentando formalmente pelo presidente do parlamento, Trump foi aplaudido de pé por todos os parlamentares

Nesta segunda-feira (13), Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, esteve em “Israel”, por ocasião do recente acordo firmado entre a Resistência Palestina e “Israel”, para um possível fim da guerra, 

Neste mesmo dia, ocorreu, como parte da implementação da primeira fase do acordo, a libertação dos prisioneiros de guerra israelenses que estavam sendo mantidos em Gaza, bem como a libertação de reféns palestinos presos nos centros de torturas israelenses.

No parlamento israelense (Knesset), Trump e Benjamin Netaniahu discursaram sobre o acordo. 

Antes de seu discurso, e mesmo antes de ser apresentando formalmente pelo presidente do parlamento, Trump foi aplaudido de pé por todos os parlamentares sionistas logo ao entrar no plenário do Knesset.

Durante seu discurso, os parlamentares da Lista Conjunta Ayman Odeh e Ofer Cassif seguraram cartazes com os dizeres “Reconheça a Palestina” e foram expulsos do salão, conforme noticiado pelo Haaretz, principal jornal em “Israel”. A Lista Conjunta é uma aliança política que reúne os principais partidos com representação de cidadãos árabes.

Discursando perante o Knesset, Trump se voltou para o presidente de “Israel”, Isaac Herzog, que fazia parte da mesa, e pediu para perdoar o genocida primeiro-ministro Benjamin Netaniahu por processos em que é acusado de corrupção, fraude e quebra de confiança. “Tenho uma ideia: sr. Presidente, porque você não dá a ele [Netaniahu] um perdão? Dê a ele um perdão, vamos lá”, sendo novamente aplaudido de pé pelos sionistas presentes:

Trump também afirmou, em seu discurso, que “hoje os céus estão calmos, as armas estão silenciosas, as sirenes estão paradas, o sol nasce em uma Terra Santa que finalmente está em paz. Os reféns estão de volta!! É tão bom dizer isso“, acrescentou o presidente dos EUA.

Ele também afirmou que “este não é apenas o fim da guerra – este é o fim de uma era de terror e morte“, acrescentando que “assim como os EUA agora, será a era de ouro de Israel e a era de ouro do Oriente Médio“.

Falando sobre Benjamin Netaniahu, Trump o descreveu como “não o cara mais fácil de lidar“, mas também disse que ele fez um “ótimo trabalho”. Segundo o presidente dos EUA, “Israel, com a nossa ajuda, conquistou tudo o que podia pela força das armas. Agora é hora de transformar essas vitórias contra os terroristas no campo de batalha no prêmio máximo de paz e prosperidade para todo o Oriente Médio“.

Expondo o papel de países árabes e muçulmanos da região como lacaios do imperialismo, Trump agradeceu “às nações do mundo árabe e muçulmano que se uniram para pressionar o Hamas a libertar os reféns e mandá-los para casa”, acrescentando que “tivemos muita ajuda de pessoas inesperadas“, e que foi “um triunfo incrível para ‘Israel'” ter “todas essas nações trabalhando juntas”.

Já o primeiro-ministro Benjamin Netaniahu, agradeceu Trump em seu discurso, afirmando que ele é “o maior amigo que Israel já teve na Casa Branca” e que “nenhum presidente norte-americano jamais fez tanto por Israel”. 

O genocida também agradeceu a Trump por “mudar a embaixada norte-americana para Jerusálem”, “reconhecer a soberania de ‘Israel’ sobre as Colinas de Golã”, “enfrentar as mentiras contra ‘Israel’ na ONU”, “reconhecer, em seu plano de paz, a Judeia e Samaria como pátria ancestral do povo judeu”, e “retirar-se do desastroso acordo nuclear com o Irã”, conforme noticiado no portal de comunicação Poder360.

Ainda, em seu discurso Netaniahu reproduziu novamente as calúnias contra o Hamas, e insistiu na falsidade de que “Israel” ganhou a guerra (mesmo tendo fracassado em vencer militar e politicamente o Hamas e demais organizações da Resistência).

Trump também foi elogiado pelo líder da oposição consentida, Jair Lapid, que disse ao presidente norte-americano que “você fez o inimaginável. Somos profundamente gratos…”.

Conforme noticiado pelo Haaretz, o presidente da Suprema Corte, Isaac Amit, e a procuradora-geral Gali Baharav-Miara não foram convidados para a sessão. Nos últimos anos, Netaniahu vem tentando diminuir os poderes da Suprema Corte de “Israel”. Já Baharav-Miara é responsável, como chefe do Ministério Público israelense, de mover as acusações criminais contra Netaniahu.

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