Na segunda-feira (18), o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), partido que lidera a Resistência Palestina, informou que o movimento e demais organizações da resistência aceitaram a mais recente proposta de cessar-fogo apresentada pelos mediadores do Catar e do Egito.
A emissora libanesa Al Mayadeen noticiou, nesta terça-feira (19) que a nova proposta seria quase idêntica a um plano apresentado no mês de março por Steve Witkoff, enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, conforme declaração de Majed Al-Ansari, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar.
Aquele plano era dividido em três fases. Na primeira, entraria em vigor um cessar-fogo com duração de 60 dias, durante os quais ocorreria trocas de prisioneiros, entrada de ajuda humanitária, dentre outros pontos, sendo que na segunda fase ocorreriam negociações para um fim da guerra. Na última fase, Gaza seria colocada sob uma administração internacional.
Conforme noticiado pela agência britânica de notícias Reuters, citando fonte egípcia não identificada, a mais nova proposta também prevê a cessação de operações militares durante 60 dias, bem como a liberação de 10 prisioneiros israelenses que ainda estão vivos, em troca de 150 prisioneiros palestinos que cumprem pena.
A fonte egípcia também teria informado à agência que a nova proposta traça um caminho para se chegar a um acordo abrangente para pôr fim à guerra.
O jornal The Times of Israel noticiou, citando autoridade israelense, que a posição do governo de “Israel” permanece a mesma: que todos os prisioneiros israelenses sejam liberados de uma só vez, e que o Hamas seja desarmado e desarticulado. No mesmo sentido foi notícia publicada pelo portal israelense de notícias Yedioth Ahronoth (Ynet). Segundo a publicação, autoridades próximas ao primeiro-ministro Benjamin Netaniahu insinuam que ele irá recusar a nova proposta.
Apesar disso, ainda não há uma resposta oficial do governo, seja negativa ou positiva.
Já na segunda, Donald Trump, presidente dos EUA, apoiou abertamente o plano de “Israel” de ocupara a Cidade de Gaza: “só veremos o retorno dos reféns restantes quando o Hamas for confrontado e destruído!!! Quanto mais cedo isso acontecer, maiores serão as chances de sucesso“, disse o Trump em sua plataforma Truth Social.
Paralelamente a isto, as forças israelenses de ocupação seguem preparando sua ofensiva contra a Cidade de Gaza. Conforme noticiado pelo Ynet, cerca de 80 mil ordens serão enviadas em etapas para que militares israelenses da reserva das forças de ocupação se apresentem para a operação criminosa. As ordens começaram a ser emitidas já na segunda-feira.
No mesmo dia, o canal de comunicação Resistance News Network (RNN) noticiou relatos urgentes do bairro Sabra, a região sul da Cidade de Gaza, após o avanço repentino das forças israelenses de ocupação.
RNN informou que cidadãos foram sitiados dentro da clínica da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente) em meio a intenso bombardeio de artilharia e ataques com quadricópteros, causando feridos.
O canal de comunicação acrescentou que um deslocamento em grande escala está em andamento conforme as forças de ocupação avançam, com civis, incluindo crianças descalças e mulheres.
Informou ainda que aviões de guerra das forças de ocupação estão simultaneamente realizando ataques aéreos na região leste da Cidade de Gaza. Já na região noroeste, um palestino foi assassinado e outros 20 feridos enquanto coletavam ajuda perto de “Zikim.”





