O governo britânico, liderado por Keir Starmer, anunciou a remoção do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), um grupo oriundo da Al-Qaeda, da lista de organizações terroristas do Reino Unido. A medida, aprovada pelo parlamento, isenta o HTS das restrições previstas na Lei de Terrorismo de 2000, sob a justificativa de “facilitar o engajamento diplomático” com as autoridades de fato da Síria e promover objetivos de “contraterrorismo” e controle migratório.
O HTS, conhecido por sua brutalidade em ataques sectários, decapitações e perseguição de minorias religiosas na Síria, é agora reclassificado como um potencial “parceiro” pelo governo britânico. A decisão ocorre em um momento em que o mesmo governo europeu intensifica a repressão contra movimentos de solidariedade à Palestina, criminalizando o Palestine Action, um grupo que protesta contra fabricantes de armas que abastecem “Israel”.
“Essa reviravolta expõe a hipocrisia do imperialismo britânico: inimigos de ontem são aliados de hoje, enquanto vozes que desafiam o status quo são silenciadas”, critica Aisha Mahmoud, porta-voz de um coletivo de direitos humanos em Londres.
A decisão do governo Starmer reforça o histórico do imperialismo: a seletividade na aplicação do rótulo de “terrorista” reflete interesses econômicos e estratégicos, não princípios éticos. O HTS foi reabilitado porque derrubou um governo que integrava o Eixo da Resistência, o governo de Bashar Al-Assad. Com a queda do governo, a luta contra o Estado sionista sofreu um baque importante em sua logística.
Assim que o governo foi derrubado, “Israel” invadiu e ocupou territórios sírios. O novo governo sírio, chefiado pelo HTS, agora se mostra favorável a “normalizar” as relações com o Estado sionista. O HTS age como um bando mercenário a serviço do imperialismo. É por isso que, para o Reino Unido, deixou de ser “terrorista”.





