Política internacional

Após 30 anos, EUA retomam testes nucleares

Medida revela nova etapa do imperialismo em crise

Em uma publicação na rede X, o presidente norte-americano Donald Trump afirmou:

“Eu realmente odeio isso, mas não tenho escolha. Os EUA devem permanecer a nação mais forte e mais preparada da Terra — temos o arsenal nuclear mais poderoso e o maior que existe.”

A declaração se referia ao retorno dos testes nucleares pelos Estados Unidos após mais de três décadas de interrupção. Não se trata de uma decisão pessoal ou de uma iniciativa isolada de Trump, mas sim da necessidade do imperialismo norte-americano em sua atual fase de declínio. A retomada dos testes nucleares é uma resposta à crescente rebelião contra a dominação do imperialismo.

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o poderio militar foi o principal instrumento de dominação dos EUA sobre o planeta. O monopólio da bomba atômica, seguido pela formação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e pela expansão militar em todos os continentes, garantiu aos Estados Unidos não apenas a supremacia bélica, mas também a capacidade de impor sua política ao restante do mundo.

No entanto, a partir das últimas décadas, esse domínio passou a ser desafiado. O crescimento econômico e tecnológico da China, o fortalecimento militar da Rússia e o surgimento de novas crises— da América Latina ao Oriente Médio, passando pela África e pela Ásia — vêm enfraquecendo a ditadura mundial.

Nos bastidores da política norte-americana, tanto os republicanos quanto os democratas compartilham a convicção de que os Estados Unidos precisam reforçar sua capacidade de dissuasão nuclear para manter sua posição dominante no sistema internacional. Durante o governo Obama, ainda em 2010, foi aprovado um plano de “modernização” do arsenal nuclear, com investimentos superiores a um trilhão de dólares ao longo de 30 anos. O governo Biden, por sua vez, ampliou o orçamento militar e reafirmou o compromisso de “preservar a superioridade estratégica americana”.

Entre 1946 e 1958, os Estados Unidos detonaram 67 bombas nucleares nas Ilhas Marshall, no Pacífico, o equivalente a 1,6 bombas de Hiroshima por dia durante 12 anos consecutivos. Povos inteiros foram deslocados de seus territórios, atóis inteiros desapareceram do mapa, e gerações sucessivas sofreram com câncer, mutações genéticas e contaminação ambiental irreversível.

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