A última semana foi marcada por discursos “humanitários” dos líderes dos países imperialistas, como Emmanuel Macron e Keir Starmer, acompanhados por matérias cínicas da imprensa de seus países. Ambos, inclusive, sinalizaram que poderão reconhecer o Estado da Palestina. Enquanto discursam sobre o “reconhecimento”, no entanto, esses líderes seguem mantendo relações militares, comerciais e diplomáticas com o regime sionista. Nenhuma medida concreta foi tomada para pressionar “Israel” ou impor sanções.
De acordo com a cobertura da emissora libanesa Al Mayadeen, a ofensiva israelense segue sem tréguas. Nesta sexta-feira (1º), pelo menos 71 palestinos foram assassinados, dos quais 38 estavam esperando por ajuda humanitária.
Nas primeiras horas do dia, 12 pessoas foram martirizadas na região do eixo Netzarim enquanto esperavam ajuda. Entre elas, estavam três mulheres. Um ataque aéreo em al-Zawaida matou uma família inteira: pai, mãe e três filhos. Em Khan Iunis, um veículo aéreo não tripulado (VANT) israelense lançou explosivos sobre tendas de deslocados, matando pelo menos três pessoas. Outras duas mulheres morreram em um bombardeio contra um abrigo improvisado.
Segundo a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, desde o fim de maio, mais de 1.370 palestinos foram mortos enquanto buscavam ajuda humanitária. Destes, 859 foram mortos nas imediações de centros de distribuição da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), e 514 em rotas de comboios de alimentos.
A crise humanitária se agrava sob cerco total. Apenas 73 caminhões de ajuda entraram em Gaza na sexta-feira — número muito inferior ao mínimo de 600 caminhões diários necessários para atender à população. Ainda assim, grande parte dessa ajuda foi saqueada, conforme denuncia o governo de Gaza, que acusa “Israel” de deliberadamente fomentar o caos para impedir a distribuição de alimentos.





