De 25 a 27, realiza-se, em Serra Negra (SP), o XXVIII Congresso Estadual da APEOESP, com mais de 1.500 delegados de todas as regiões do Estado.
O encontro do maior sindicato do País, é o maior evento presencial de trabalhadores na etapa atual de relativa paralisia do movimento sindical brasileiro. O mesmo, sob a orientação da maioria da esquerda parlamentar, vem se submetendo à orientação fracassada de conciliação e capitulação diante da burguesia, da chamada frente ampla, que não trouxe qualquer vitória efetiva para a luta dos trabalhadores no último período.
O evento ocorre em um momento de agravamento da crise política e econômica em que a burguesia golpista procura aplicar um novo golpe, se livrando de Lula e de Bolsonaro para impor, depois de mais de duas décadas, um governo da direita tradicional, como dos setores do chamado “centro” (a verdadeira e reacionária direita) que outrora se agrupou em torno dos chefes do falido PSDB (como FHC, Alckmin, Serra etc.) e hoje se articulam em torno de nomes como Tarcísio, Temer, Kassab, Ratinho, Leite, Ciro etc.
Esses setores apoiados pelo imperialismo querem impor ao País um governo semelhante ao de Milei, na Argentina, que aprofunde a destruição da Saúde e Educação públicas, que intensifique as privatizações (Correios, Petrobrás, educação Pública etc.), promova um novo roubo das aposentadorias e mantenha a política de submissão aos bancos que cobram no Brasil as maiores taxas de juros reais do mundo e roubam cerca de 50% do orçamento público nacional, inclusive, no atual governo.
As ilusões difundidas pela imprensa golpista, setores da direita e até pela esquerda, de que todos os problemas estariam resolvidos com a condenação e prisão de Bolsonaro e seus aliados, já começam a desabar. O que se vê é o fortalecimento de uma ampla frente da direita em torno, preferencialmente, da candidatura reacionária de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que deu continuidade em SP à política criminosa de ataques à população e à Educação do PSDB.
Como se deu na época da luta contra o golpe contra Dilma, a APEOESP pode cumprir um papel decisivo na mobilização contra Tarcísio e a frente da direita que tenta se impor ao País.
A tarefa agora é aprovar um amplo plano de lutas com reivindicações concretas dos professores e de todo o povo, que sirva à mobilização pela derrota de toda a direita, o que só poderá acontecer por meio de uma ampla mobilização dos explorados, muito além da disputa eleitoral do próximo ano.


